terça-feira, 24 de setembro de 2013

MECANISMO ANTI-SIFÃO EM SISTEMA DE DRENAGEM EXTERNA DE LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO

SIMULAÇÃO HIDRODINÂMICA DE UM MECANISMO ANTI-SIFÃO EM SISTEMA DE DRENAGEM EXTERNA DE LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO

Uma publicação de Adriana G. Dickman e José Roberto Faleiro Ferreira no site Scielo sobre “Transferência de fluido por meio de um sifão vs.aplicação da equação de Bernoulli “ diz: Um sifão é um dispositivo no formato de tubo, usado para remover líquidos de um recipiente, ou para transferir líquido de um recipiente para outro. Para iniciar o escoamento, o sifão deve estar preenchido por líquido que, uma vez em contato com o líquido do reservatório, escoará até que ocorra o nivelamento deste com a abertura do tubo.
Os sistemas de drenagem externa são utilizados para a drenagem do fluido cefalorraquidiano (produzido no interior dos ventrículos cerebrais) para um recipiente coletor localizado externamente ao corpo humano. Tais sistemas são relativamente bastante empregados em procedimentos neurocirúrgicos e, em geral, são compostos de um cateter ventricular, uma tubagem e uma bolsa coletora externa (Camilo Pinto, 2005). O fluxo do fluido cefalorraquidiano ocorre devido a diferença de pressão existente entre a pressão intracraniana e a posição vertical relativa ao paciente da bolsa de coleta. Uma elevada diferença de pressão favorece a ocorrência da hiperdrenagem (drenagem excessiva do fluido) conhecido como efeito-sifão (Kremer et al., 1994). A exposição do usuário a hiperdrenagem, mesmo que em curtos intervalos de tempo, provoca lesões irreversíveis ao sistema nervoso do paciente (Maset et al., 2005). Os sistemas atuais de drenagem externa são desprovidos de mecanismos que interrompa o escoamento do fluido frente a elevadas variações de diferenças de pressa hidrostática, como por exemplo, uma queda acidental do reservatório coletor.
Método utilizado:  O mecanismo anti-sifão proposto foi idealizado para utilização junto ao sistema de drenagem externa, fixado externamente à cabeça do paciente e inserido entre o cateter ventricular e a tubagem que direciona o fluido para a bolsa de drenagem. Em uma aplicação prática, a entrada do dispositivo sofre a influência da pressão intra-ventricular e a saída encontra-se sob influência da altura manométrica da coluna do fluido encontrado na tubagem e, evidentemente, da pressão atmosférica local. Sendo assim, o mecanismo é controlado por meio da deflexão de uma fina membrana de silicone que opera conforme o diferencial de pressão do sistema. Para a determinação da posição da bolsa coletora, na cada pressão intra-ventricular simulada, ocorre a interrupção do escoamento pela atuação do mecanismo anti-sifão, foi empregado um mecanismo para o abaixamento programado do mencionado reservatório coletor.



Considerações das alunas: 

Com o mecanismo anti-sifão de drenagem externa de líquido cefalorraquidiano, foi possível ver uma aplicação muita específica de sifonamento na área da saúde. Com base nos conceitos aplicados em sala, aprendemos  que o sifonamento é uma conseqüência física da diferença de pressão. Nesta situação vimos que o escoamento do fluido acontece devido a diferença de pressão intracraniana e a posição vertical relativa ao paciente da bolsa de coleta. De acordo com os conceitos descritos em Fox & McDonald (1992), quando a bolsa de drenagem é levada à posição mais alta da roda, encontra-se o mesmo nível de pressão que o frasco de Mariótti, e quando encontra-se na posição inferior, abaixo dele, ocasiona o fechamento da válvula. O mecanismo leva em conta diversos fatores como: diferentes pressões, tempo de fechamento e abertura da válvula, freqüência adotada para abrir e fechar a válvula.

Vídeo com explicação do método: http://www.youtube.com/watch?v=4BrRYnzgIks

Referências:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1806-11172009000300001&script=sci_arttext (Acesso em 24/09/2013)
http://www.ventura.ind.br/media/artigos/05/14/simulacao-hidrodinamica-de-um-mecanismo-.pdf (Acesso em 24/09/2013)

Alunas:
Ana Cláudia Rigone Fernandes
Tuane Emerick

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