Blog de Fenômenos de Transportes I (Mecânica dos Fluidos), referente ao curso de Engenharia Civil, da Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL, criado pela turma do semestre letivo 2012/2, com ênfase na divulgação dos trabalhos criados e formatados pelas equipes orientadas pela Professora Maria Lúcia Cochlar. Nosso objetivo principal é evoluir nossos conhecimentos e divulgar como a mecânica dos fluidos é importante, mostrando os vários campos de atuação de maneira simples e prática.
segunda-feira, 20 de junho de 2016
terça-feira, 14 de junho de 2016
Coletores de ar que condensam a água
Coletores de ar que condensam a água
Fenômenos
de Transporte
Luís Fernando da Silva Floriano e Taís
Cachoeira Vargas
Introdução
Podemos observar que a superfície
terrestre é constituída por 70% de água, sendo a maior parte imprópria para
consumo, onde apenas 3% são de água doce, encontrando-se em geleiras e reservas
subterrâneas.
Por esse motivo, e também pela
irregular distribuição de água no mundo, existem várias regiões que sofrem
com a falta de água. Entre os países com escassez de água destacam-se as nações
situadas no Oriente Médio, na África, na Ásia e também nas Américas.
A falta de água afeta não só a saúde
humana, mas também o desenvolvimento socioeconômico da sociedade e o rumo das
relações entre nações. Com isso, a escassez de água passa a preocupar os
governos, que tentam criar projetos para solucionar estes problemas. Eles são
enfrentados com tecnologia e planos de gestão da água.
Uma solução encontrada para combater
os problemas a respeito da falta de água em países em desenvolvimento, que não
possuem acessibilidade à água para uso próprio e de forma sustentável, foi a
criação de coletores de ar que condensam a água, como, por exemplo, coletores
de névoa, neblina ou cerração.
Os
coletores de ar são máquinas que condensam a umidade da atmosfera em água
potável, de forma similar ao ciclo das chuvas, com a condensação e precipitação
de massas de ar quentes e úmidas. Existem duas técnicas diferentes: A primeira
é o resfriamento do ar e a consequente condensação da água, que depois é
filtrada e armazenada em pequenos tanques, como um ar condicionado, e a segunda
envolve uma solução concentrada de sal, que absorve a umidade do ambiente, de
onde é extraída a água, que também passa por filtração.
Coletores de névoa
Os coletores de névoa são telas de
polipropileno instaladas entre dois postes que se erguem sobre locais áridos. Estas
telas são posicionadas na direção contrária ao vento, e são de uma tecnologia
simples.
Esse método de obtenção de água já tem
sido utilizado na região chilena do Atacama, o deserto mais árido do mundo,
onde as gotas d'água da camanchaca, ou “chuvas horizontais”, que é a névoa
costeira que cobre durante a madrugada estes céus límpidos, se condensam na
malha, antes de deslizarem para os recipientes localizados abaixo para
acumular, gota a gota, o precioso líquido. Essa neblina é composta por
minúsculas gotas de água, que, de tão leves, se mantêm suspensas no ar. Se a
nuvem encontrar algum tipo de obstáculo, as partículas de água se chocam umas
com as outras e começam a se concentrar. Alcançam, então, peso suficiente para
cair, virar gotas de água, e deixar um rastro de umidade por onde passam. Assim
criou-se as atrapanieblas (capta-nuvem),
que são artefatos criados para tirar, literalmente, água do ar.
Como é feito
Para instalar esses coletores de água
são esticadas malhas de polietileno de alta densidade, de até 150 metros de
largura, entre dois postes de madeira ou aço. A neblina passa pela malha, mas
os fios de plástico retêm parte da umidade, que condensa, vira água e escorre
até uma canaleta que leva a um reservatório.
Vantagens
São instalações baratas e eficientes e
100% sustentáveis, onde cada metro quadrado da malha capta, em média, 4 litros
de água por dia.
Não atrapalha a flora e a fauna, e
funciona durante quase o ano todo, o que torna possível planejar a produção de
água.
Além disso os atrapanieblas não
utilizam luz elétrica. Diferentemente de outros métodos caros de obtenção de
água em regiões secas, como a dessalinização da água do mar, eles não precisam de energia para funcionar.
O vento trata de espremer as nuvens pelas malhas, e a gravidade cuida de
carregar a água até os baldes.
Há certas regiões do Chile em que as
neblinas fornecem dez vezes mais água do que as raras nuvens de chuva nesta
região. Em quatro anos a comunidade de Penã Blanca conseguiu coletar 800 mil
litros de água da neblina. O suficiente para começar o reflorestamento de uma
área de 100 hectares e alimentar a esperança de resgatar a vida dos vales e
montanhas.
Em Alto Patache, os coletores de névoa
abastecem completamente a estação de pesquisa científica da Universidade
Católica, onde a água recolhida sai normalmente das torneiras.
O uso dos coletores de névoa se
apresenta como uma solução para abastecer de água pequenas comunidades
costeiras do norte chileno, que sofrem com a aridez extrema de uma região em
que quase não chove em todo o ano.
O maior complexo de malha do mundo,
contudo, localiza-se em Tojquia, Guatemala: são 60 captadores que, ao todo,
compõem uma rede de 1.440 m² e captam quase 4 mil litros de água diariamente,
abastecendo cerca de 30 famílias.
Armazenamento
A água que é recolhida por esse
coletores de névoas são do mesmo sabor que a água da chuva e não encontram-se
100% potável, porém a transformação em potável não é complexa ou cara, se o
objetivo for utilizar a água para consumo humano. Para outras atividades não há
nenhum problema em usá-la da forma como ela chega.
FogQuest
Há um projeto que cada vez mais tem
ganho destaque, força e ajuda a respeito de coletores de ar que condensam a
água, através da neblina, baseado nos mesmos conceitos citados anteriormente,
chamado FogQuest: soluções sustentáveis de água.
A FogQuest é um projeto que, em locais
úmidos, utilizam a natureza, de forma adequada, para captar água, como os
geradores atmosféricos de água. O vídeo abaixo mostra a montagem de uma grande
rede de náilon, que entram em contato com a neblina e a transformam em
gotículas de água, que são escoadas até um reservatório.
·
O que é
o projeto?
A FogQuest é uma organização de
caridade sem fins lucrativos, dedicada ao planejamento e implementação de
projetos de água para as comunidades rurais nos países em desenvolvimento. Ela
baseia-se na experiência adquirida em projetos realizados desde 1987, que mostraram
repetidamente a viabilidade e eficácia do uso de coletores de nevoeiros para
produzir água limpa para as pessoas nos países em desenvolvimento de todo
o mundo.
·
Quando
foi fundada?
A FogQuest foi fundada no ano 2000.
·
Quem
foram os fundadores do projeto, e onde foi organizada?
Sherry
Bennett e Bob Schemenauer, no Canada.
·
Por que
foi fundada?
A FogQuest foi fundada após inúmeros
pedidos que eram realizados com freqüência para o fornecimento de água em
locais onde a mesma não era disponibilizada de formas convencionais e acessíveis,
como em rios, poços, oleodutos e outros.
Esses pedidos, somados ao interesse das Conferências Internacionais de
Nevoeiro e Cobrança de Nevoeiro, nos anos entre 1998 e 2001 foram a concretização
para a fundação e início do projeto.
·
Como
funciona?
São utilizados coletores de nevoeiro e
de chuva inovadores e eficazes para que seja realizado um uso eficiente dos
recursos naturais de fontes atmosféricas da água. É realizada a implantação e
continuamente uma supervisão dos coletores.
·
Quais os
custos?
É uma organização pequena e em sua
totalidade opera de forma voluntária, sem salários pagos aos envolvidos no
projeto. São realizados todos os esforços possíveis para que haja o mínimo de
custos, relacionados a escritório,
viagens, publicações, etc.
Em diversas ocasiões os próprios
voluntários do projeto arcam com as despesas necessárias, subsidiando ou
pagando sobre o que for necessitado para o projeto. Com isso a FogQuest utiliza pelo menos 90%
das doações recebidas diretamente em projetos de névoa de água nos países em
desenvolvimento.
·
Como se
mantém?
A FogQuest recebe seus fundos
operacionais a partir de três fontes: verbas de instituições para
projetos, doações de pessoas físicas e jurídicas e de taxas de adesão
anuais pagos por indivíduos.
·
Onde
opera?
O projeto realiza seus trabalhos em
pelo menos oito países, dentre eles estão o Chile, Equador, Guatemala, Haiti,
Peru e entre outros.
Conclusão
Por fim podemos constatar que infelizmente
o projeto de coletores de ar que condensam água ainda não é aplicável no mundo
todo, por causa das condições necessárias de clima, temperatura e interesse
governamental. Porém há uma ideia futura de implementar sistemas como este nas comunidades onde o abastecimento de água é
precário.
Referências
· http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/paises-com-escassez-agua.htm
· http://www.rumosgeograficos.com/2014/03/agua-uma-questao-para-o-mundo-todo.html
·http://g1.globo.com/natureza/noticia/2015/05/veja-solucoes-de-seis-paises-para-vencer-falta-de-agua-e-o-desperdicio.html
·http://super.abril.com.br/crise-agua/solucoes.shtml#solucao5
· https://www.youtube.com/watch?v=e2Wj8y_xgLg&spfreload=10
· http://www.fogquest.org/
· https://www.youtube.com/watch?v=6MqfdXzPJP4
·http://www.ecycle.com.br/component/content/article/37-tecnologia-a-favor/4513-pesquisa-obtem-agua-com-qcoletor-de-nevoaq-no-deserto-chileno-do-atacama.html
·http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ambiente/a-agua-que-vem-do-ar-superinteressante-830222.shtml
·http://g1.globo.com/globo-reporter/noticia/2014/06/homens-coletam-agua-de-neblina-para-fazer-reflorestamento-no-chile.html
·http://g1.globo.com/natureza/noticia/2016/05/pesquisa-obtem-agua-com-coletor-de-nevoa-no-deserto-mais-arido-do-mundo.html
Obrigado pela atenção!
Dessalinização: A salvação para a escassez de água potável
Por: Gabriel de Paula Santos Gonçalves e Samuel Aguiar de Souza
Dessalinização é um processo físico-químico de retirada de sais da água, tornando-a doce e própria para o consumo.
Como se sabe, a notícia de que pode faltar água potável no planeta é tenebrosa ao homem, já existem regiões ameaçadas, as Ilhas são exemplos: Ilha de Chipre, Ilha de Páscoa, Ilha Fernando de Noronha, onde os lençóis freáticos diminuíram em razão da exploração. Em alguns países, como a Arábia Saudita e Israel, este já é um problema.
Então por que não transformar água salgada presente em abundância nestes locais em água doce? Esta é a ideia que pode solucionar este problema ambiental, vejamos os possíveis processos para a dessalinização da água:
Evaporação: a água salgada é colocada em um tanque com fundo preto e teto de vidro transparente, este tanque permite que o calor do sol evapore a água.
Observe a figura que ilustra o processo descrito acima:
1. A água salgada é retirada do mar e transferida para o tanque 1 (setas vermelhas);
2. A luz solar incidente (parte superior do tanque: indicada pelas setas brancas), faz com que a água salgada se evapore;
3. O vapor de água passa por um resfriamento e se converte em líquido por condensação: o processo é representado pelas setas amarelas. O produto líquido é a água já no estado puro, esta é recolhida por canaletas e então armazenada no tanque 2.
O processo é simples e barato, o grande problema é que os tanques ocupam extensas áreas e estas precisam receber iluminação solar satisfatória para que a evaporação ocorra com sucesso
Osmose Reversa:
Também conhecida como Osmose Inversa, é onde se exerce forte pressão em uma solução salina. Como o próprio nome já diz, esse processo é o inverso da osmose natural (passagem de uma substância pura para uma solução através de uma membrana semipermeável). Só que para dessalinizar a água é preciso que esta passagem ocorra inversamente: da solução (água e sal) para água pura. Não entendeu? É fácil! O processo consiste em realizar a passagem da água salgada por membranas de fibra oca. Estas fibras contêm poros microscópicos e todo o sal e impurezas presentes na água ficam retidas nestes pequenos poros.
Características
Atende elevados padrões de desempenho, projetado para operar durante muito tempo sem problemas de manutenção ̃o
Possui Comando Elétrico Automatizado que garante o auto- funcionamento do sistema e controle da qualidade final da água
Este método é o que apresenta perspectivas para a solução da água, atualmente já existem usinas operantes no Golfo Pérsico, Espanha, Malta, Austrália e Caribe convertendo 4,8 bilhões de metros cúbicos de água salgada em água doce, por ano.
Dados Técnicos
Os equipamentos de Osmose Reversa remove contaminantes iônicos, orgânicos e sólidos suspensos por intermédio de uma membrana semipermeável. A água de entrada é separada em dois fluxos, em ambos os lados da membrana, sendo este processo chamado de filtração tangencial. Durante seu trajeto, a água permeia a membrana, sob uma pressão adequada, concentrando-se. Os dois caminhos resultantes chamam-se respectivamente permeado e concentrado (rejeito). Os contaminantes iônicos são rechaçados eletroquimicamente na superfície da membrana, enquanto que os não iônicos e orgânicos, a partir de um determinado peso molecular, não conseguem passar pelos poros da mesma.
Um equipamento de Osmose Reversa básico é constituído por uma bomba de alta pressão, as membranas propriamente ditas e um registro no lado do concentrado para, estrangulando-se a saída de água, criar-se a pressão suficiente para haver o rechaço de sais.
Troca Iônica
Evolução dos processos de Desmineralização:
As resinas sintéticas de troca iônica foram produzidas em escala industrial a partir de 1938, representando um grande avanço nas técnicas de tratamento de águas industriais. Inicialmente foram utilizadas para a remoção da dureza da água (sistemas conhecidos como abrandamento de água) e posteriormente para a remoção de vários tipos de sais (processo conhecido como desmineralização).
"Sistema de Desmineralização com operação automático" fornecido a Bunge - Unidade Santa Juliana/MG, com vazão de 100m3/h..
Inicialmente adotou-se, para as trocas iônicas, o fluxo co-corrente, que, hoje, pode ser considerado como processo de primeira geração. O segundo passo foi o desenvolvimento de novas técnicas que permitissem reduzir o consumo de regenerantes e uma melhoria na qualidade da água tratada. As primeiras unidades utilizando a técnica de contracorrente foram introduzidas no mercado na década de 1950.
Sistema de Regeneração" de um sistema de desmineralização com materiais a prova de explosão, fornecido a "Industrias Muller de bebidas', em Pirassununga - São Paulo, tendo uma vazão de 3m3/h.
Sistema de Regeneração e Neutralização com operação automático " fornecido a Bunge - Unidade Santa Juliana/MG, com vazão de 100m3/h.
As unidades convencionais com fluxo co-corrente ainda são utilizadas para pequenas vazões. Nestes sistemas a água a tratar atravessa o leito de resinas de cima para baixo, também o regenerante passa no mesmo sentido. A troca iônica se processa exaurindo a capacidade de troca das resinas no mesmo sentido da passagem da água. Faz-se necessário uma passagem de água no sentido inverso antes da passagem do regenerante para se expandir o leito de resinas e conseguir-se uma boa regeneração.
"Sistema de Desmineralização com operação manual" fornecido a Gusa Nordeste, unidade Açailândia/MA.
As unidades de segunda geração são, também, definidas como unidades contracorrente. Nestas unidades as soluções regenerantes atravessam os leitos de resina de baixo para cima, em contracorrente ao sentido de fluxo da água a ser tratada, que circula de cima para baixo. Nestas unidades, durante a regeneração, tem-se a necessidade de manter o leito de resina na posição original, por meio de ar, contra pressão de água ou outros meios, para evitar a reclassificação das resinas. A quantidade de regenerante despendido nas regenerações já se faz bem menor que no sistema de primeira geração.
Um outro passo importante foi o desenvolvimento da terceira geração de unidades, utilizando o conceito de leito fluidizado, compacto ou suspenso onde o fluxo de água a ser tratada segue de baixo para cima. Neste sistema o regenerante é injetado de cima para baixo. O vaso trocador contém dois fundos falsos, superior e inferior, cuja função é de manter a resina na posição desejada, de forma compacta.
Vista da "Tubulação do Quadro de Manobras em PP" faz parte do Sistema de Desmineralização fornecido ao Grupo Cerradinho, unidade Potirendaba/SP
Entre a resina ativa e o fundo falso superior é colocada uma camada de resina inerte, cuja espessura depende do diâmetro do vaso. O sistema de leito compacto aumenta o desempenho das resinas, evita o problema de fluxos hidráulicos preferenciais e diminui as perdas de carga, quando comparado com o sistema de leitos fixos.
Neste sistema não é necessário executar a operação de contra-lavagem após cada ciclo de troca iônica, porque, no final do ciclo, as camadas de resina descem em direção ao fundo falso inferior mantendo a sua configuração, isto é, descompactando-se, mas mantendo as definições de camadas granulométricas.
Assim tem-se um menor consumo de água para regeneração e também um menor consumo de regenerantes.
Sistema de Desmineralização com operação automático" fornecido ao Grupo Tércio Wanderley, unidade Iturama e Campo Florido/MG, com vazão de 200m3/h cada unidade.
Dessalinização é um processo físico-químico de retirada de sais da água, tornando-a doce e própria para o consumo.
Como se sabe, a notícia de que pode faltar água potável no planeta é tenebrosa ao homem, já existem regiões ameaçadas, as Ilhas são exemplos: Ilha de Chipre, Ilha de Páscoa, Ilha Fernando de Noronha, onde os lençóis freáticos diminuíram em razão da exploração. Em alguns países, como a Arábia Saudita e Israel, este já é um problema.
Então por que não transformar água salgada presente em abundância nestes locais em água doce? Esta é a ideia que pode solucionar este problema ambiental, vejamos os possíveis processos para a dessalinização da água:
Evaporação: a água salgada é colocada em um tanque com fundo preto e teto de vidro transparente, este tanque permite que o calor do sol evapore a água.
Observe a figura que ilustra o processo descrito acima:
1. A água salgada é retirada do mar e transferida para o tanque 1 (setas vermelhas);
2. A luz solar incidente (parte superior do tanque: indicada pelas setas brancas), faz com que a água salgada se evapore;
3. O vapor de água passa por um resfriamento e se converte em líquido por condensação: o processo é representado pelas setas amarelas. O produto líquido é a água já no estado puro, esta é recolhida por canaletas e então armazenada no tanque 2.
O processo é simples e barato, o grande problema é que os tanques ocupam extensas áreas e estas precisam receber iluminação solar satisfatória para que a evaporação ocorra com sucesso
Osmose Reversa:
Também conhecida como Osmose Inversa, é onde se exerce forte pressão em uma solução salina. Como o próprio nome já diz, esse processo é o inverso da osmose natural (passagem de uma substância pura para uma solução através de uma membrana semipermeável). Só que para dessalinizar a água é preciso que esta passagem ocorra inversamente: da solução (água e sal) para água pura. Não entendeu? É fácil! O processo consiste em realizar a passagem da água salgada por membranas de fibra oca. Estas fibras contêm poros microscópicos e todo o sal e impurezas presentes na água ficam retidas nestes pequenos poros.
Características
Atende elevados padrões de desempenho, projetado para operar durante muito tempo sem problemas de manutenção ̃o
Possui Comando Elétrico Automatizado que garante o auto- funcionamento do sistema e controle da qualidade final da água
Este método é o que apresenta perspectivas para a solução da água, atualmente já existem usinas operantes no Golfo Pérsico, Espanha, Malta, Austrália e Caribe convertendo 4,8 bilhões de metros cúbicos de água salgada em água doce, por ano.
Dados Técnicos
Os equipamentos de Osmose Reversa remove contaminantes iônicos, orgânicos e sólidos suspensos por intermédio de uma membrana semipermeável. A água de entrada é separada em dois fluxos, em ambos os lados da membrana, sendo este processo chamado de filtração tangencial. Durante seu trajeto, a água permeia a membrana, sob uma pressão adequada, concentrando-se. Os dois caminhos resultantes chamam-se respectivamente permeado e concentrado (rejeito). Os contaminantes iônicos são rechaçados eletroquimicamente na superfície da membrana, enquanto que os não iônicos e orgânicos, a partir de um determinado peso molecular, não conseguem passar pelos poros da mesma.
Um equipamento de Osmose Reversa básico é constituído por uma bomba de alta pressão, as membranas propriamente ditas e um registro no lado do concentrado para, estrangulando-se a saída de água, criar-se a pressão suficiente para haver o rechaço de sais.
Troca Iônica
Evolução dos processos de Desmineralização:
As resinas sintéticas de troca iônica foram produzidas em escala industrial a partir de 1938, representando um grande avanço nas técnicas de tratamento de águas industriais. Inicialmente foram utilizadas para a remoção da dureza da água (sistemas conhecidos como abrandamento de água) e posteriormente para a remoção de vários tipos de sais (processo conhecido como desmineralização).
"Sistema de Desmineralização com operação automático" fornecido a Bunge - Unidade Santa Juliana/MG, com vazão de 100m3/h..
Inicialmente adotou-se, para as trocas iônicas, o fluxo co-corrente, que, hoje, pode ser considerado como processo de primeira geração. O segundo passo foi o desenvolvimento de novas técnicas que permitissem reduzir o consumo de regenerantes e uma melhoria na qualidade da água tratada. As primeiras unidades utilizando a técnica de contracorrente foram introduzidas no mercado na década de 1950.
Sistema de Regeneração" de um sistema de desmineralização com materiais a prova de explosão, fornecido a "Industrias Muller de bebidas', em Pirassununga - São Paulo, tendo uma vazão de 3m3/h.
Sistema de Regeneração e Neutralização com operação automático " fornecido a Bunge - Unidade Santa Juliana/MG, com vazão de 100m3/h.
As unidades convencionais com fluxo co-corrente ainda são utilizadas para pequenas vazões. Nestes sistemas a água a tratar atravessa o leito de resinas de cima para baixo, também o regenerante passa no mesmo sentido. A troca iônica se processa exaurindo a capacidade de troca das resinas no mesmo sentido da passagem da água. Faz-se necessário uma passagem de água no sentido inverso antes da passagem do regenerante para se expandir o leito de resinas e conseguir-se uma boa regeneração.
"Sistema de Desmineralização com operação manual" fornecido a Gusa Nordeste, unidade Açailândia/MA.
As unidades de segunda geração são, também, definidas como unidades contracorrente. Nestas unidades as soluções regenerantes atravessam os leitos de resina de baixo para cima, em contracorrente ao sentido de fluxo da água a ser tratada, que circula de cima para baixo. Nestas unidades, durante a regeneração, tem-se a necessidade de manter o leito de resina na posição original, por meio de ar, contra pressão de água ou outros meios, para evitar a reclassificação das resinas. A quantidade de regenerante despendido nas regenerações já se faz bem menor que no sistema de primeira geração.
Um outro passo importante foi o desenvolvimento da terceira geração de unidades, utilizando o conceito de leito fluidizado, compacto ou suspenso onde o fluxo de água a ser tratada segue de baixo para cima. Neste sistema o regenerante é injetado de cima para baixo. O vaso trocador contém dois fundos falsos, superior e inferior, cuja função é de manter a resina na posição desejada, de forma compacta.
Vista da "Tubulação do Quadro de Manobras em PP" faz parte do Sistema de Desmineralização fornecido ao Grupo Cerradinho, unidade Potirendaba/SP
Entre a resina ativa e o fundo falso superior é colocada uma camada de resina inerte, cuja espessura depende do diâmetro do vaso. O sistema de leito compacto aumenta o desempenho das resinas, evita o problema de fluxos hidráulicos preferenciais e diminui as perdas de carga, quando comparado com o sistema de leitos fixos.
Neste sistema não é necessário executar a operação de contra-lavagem após cada ciclo de troca iônica, porque, no final do ciclo, as camadas de resina descem em direção ao fundo falso inferior mantendo a sua configuração, isto é, descompactando-se, mas mantendo as definições de camadas granulométricas.
Assim tem-se um menor consumo de água para regeneração e também um menor consumo de regenerantes.
Sistema de Desmineralização com operação automático" fornecido ao Grupo Tércio Wanderley, unidade Iturama e Campo Florido/MG, com vazão de 200m3/h cada unidade.
PlayPump - tecnologia para obter água limpa
Aelson Rodrigues Junior
Professora: Maria Lucia Cochlar
Disciplina: Fenômeno dos Transportes
Introdução
Iniciativa do Projeto
A Roundabout é uma organização que colocou o ovo em pé com o PlayPump, isso lá em 2008: crianças com energia de sobra pra brincar e um poço de água potável precisando de energia para bombear. O resultado é que as crianças agora fazem o trabalho de manter o suprimento de água da escola e das comunidades sem se darem conta disso, apenas se divertindo!
Casos de diarreia, desidratação e outras doenças relacionadas ao consumo de água de má qualidade despencaram onde existe a PlayPump. Sempre que um novo poço é feito, a organização faz testes químicos e bacteriológicos para garantir que a água é potável. As meninas voltaram a estudar e todas as crianças agora adoram ir pra escola para aprender e, óbvio, brincar no PlayPump.
Os “PlayPump” são parques aquáticos por excelência. Instalados nas proximidades das escolas, é comandado por crianças em gira-giras. Conforme elas rodam, um sistema bombeia água limpa – localizada a cerca de sete metros do solo – para um tanque elevado com capacidade para 2.500 litros. A sua capacidade é de 1.400 litros de água por hora, o que não é pouco considerando que uma caixa d’água de 500 litros pode durar vários dias para uma família de 4 pessoas.
Abaixo segue o vídeo desse projeto. (Mesmo sendo em inglês, dá para ter uma de como funciona)
Conclusão
Esse invenção é uma boa idéia para países pobres onde a energia elétrica é muito cara ou indisponível. É um alegre exemplo de que gamificar não é só usar tecnologia de ponta, redes sociais, checkins e celulares: é um modo de transformar as coisas chatas e necessárias em coisas divertidas e igualmente necessárias
https://trezende.wordpress.com/2009/04/06/enxurrada-seca/
http://hypescience.com/bomba-dagua-engana-criancas-para-fazerem-trabalho-bracal/
http://www.opusphere.com/playpump-gamificacao-da-vida-real/
http://startupi.com.br/2014/11/13-tecnologias-para-obter-agua-limpa-em-tempos-de-seca/
Sugestão de exemplo de atendimento a uma comunidade sem água
Guilherme Aguair Ghisi
José Humberto Hemkemeier
Pesquisa bibliográfica e sugestão de exemplo de
atendimento a uma comunidade sem água
Pesquisa bibliográfica e sugestão de
exemplo de atendimento a uma comunidade sem água, apresentado á disciplina de Fenômenos
de Transporte do Curso de Engenharia Civil da Universidade do Sul de Santa
Catarina.
Orientador: Profº. Maria Lúcia Soares Cochlar.
Tubarão
14/06/2016
Resumo
O projeto de transposição de
um rio é um tema bastante polêmico, pois engloba a suposta tentativa
de solucionar um problema que afeta parte das populações a falta de água; e, ao
mesmo tempo, trata-se de um projeto delicado do ponto de vista ambiental, pois
irá afetar o rio em si, sua biodiversidade, e pela sua utilização em abastecimento
em outras cidades.
Iremos propor a transposição de
parte do volume de água do Rio Braço do Norte para o município de Grão Pará
para solucionar uma possível escassez de água.
Palavras-chave: O projeto1. Vantagens 2. Desvantagens 3.
1 Introdução
O Rio Braço do Norte com pouco mais de 37 quilômetros de percurso. Sua
nascente está localizada em Anitápolis, em Santa Catarina. Seu curso natural
inclui os municípios de Anitápolis, Rio Fortuna, Braço do norte, desembocando
no Rio Tubarão.
Os limites da bacia hidrográfica do rio Tubarão englobam 18
municípios: Lauro Müller, Orleans, São Ludgero, Braço do Norte, Grão Pará, Rio
Fortuna, Santa Rosa de Lima, Anitápolis, São Bonifácio, São Martinho, Armazém, Gravatal,
Capivari de Baixo, Tubarão, Pedras Grandes, Treze de Maio, Jaguaruna e Sangão.
A população destes municípios soma 247.883 habitantes, sendo que se destaca em
tamanho populacional o município de Tubarão com 89.338 habitantes (IBGE, 2000).
Qualquer impacto ambiental gerado
no Rio Braço do Norte irá afetar parte desses municípios.
O Rio Tubarão segundo a FATMA
(1997), esta bacia coloca-se em décimo lugar entre as mais poluídas do Brasil,
constituindo uma das três regiões consideradas críticas no estado. O estuário
do rio Tubarão é um ecossistema complexo, servindo até de berçário para muitas
espécies. A comunidade pesqueira do complexo lagunar mantém uma relação
estreita com ele, o qual garante a subsistência de milhares de famílias.
2 O projeto
Na parte inicial do projeto serão necessárias as licenças da Fatma (Fundação do Meio Ambiente) para o inicio da obra. Nela estará expressa a vazão que ainda deve ser mantida para que meio ambiente não sofra severamente. Por exemplo, a PCH (Pequena central hidrelétrica) do Rio Chapéu de Rio fortuna tem uma vazão de 1,480 mil litros de água por segundo para suprir a necessidade da alça do rio que acabou sendo afetada pelo represamento das águas. Serão necessárias as licenças relacionadas a qualquer degradação a mata nativa.
Existe a estrada geral Rio Amelia, que liga o Rio Braço do Norte á SC-370 do município de Grão Pará, ela tem 7 km de extensão. E após a entrada na rodovia falta 0.9 km para o centro da cidade. Construir o sistema de transposição da água do Rio Braço do Norte próximo a essa estrada terá vantagens econômicas imediatas pelo fácil acesso a mão de obra e da manutenção sistema depois de pronto.
Fonte: Google.com.br/maps (2016)
Fonte: Google.com.br/maps (2016)
Suponhamos que fossemos fazer essa
transposição em linha reta, iríamos levar a água de forma mais rápida, economizaremos
dutos, pois o novo percurso teria 3.98 km deveria então ser analisado o custo
benefício de cada método. O que faria o percurso em 3.98 km economizaria dutos
e conseqüentemente bombas e energia. Mas por outro lado o custo de implantação
do sistema seria mais elevado pela dificuldade de acesso. Deve ser analisada
também a urgência da obra.
Fonte: Google.com.br/maps (2016)
2.1 Inicio da obra
O projeto iria ser composto de varias bombas, que levariam a
água para a cidade de Grão Pará onde a água passaria por um tratamento, para
poder ser consumida. O diâmetro da tubulação poderá ser obtido calculando a
vazão, a cidade de Grão Pará tem 6.223 habitantes e o brasileiro em média
consome 185 litros por litros de água por dia em .Devemos levar em
consideração o crescimento populacional que na cidade que foi de 0.9% nos anos
2000 a 2009 e também o tempo que o sistema ficara responsável por essa demanda.
Fonte: Google.com.br/maps (2016)
O ponto mais alto está a 5 km da margem do rio a uma altura
de 299 metros acima do nível do mar seria necessária a implantação de varias
bombas em série.
Após atingir esse ponto a água poderia descer por gravidade
até a altura aproximada de 91 metros onde teria uma bomba para manter a pressão
no ponto de entrega.
Fonte: Google.com.br/maps (2016)
3 Vantagens
· *
Aumento
da água disponível gerando melhor qualidade de vida a população.
·
* Aumento
de renda e comércios da região para suprir a necessidade de alimentação,
residência e de mão e obra.
· * Consequentemente
o custo da água ficaria mais alto, isso faria com que a população administrasse
melhor a água, que é um bem muito precioso.
·
* Aumento do número de famílias fixadas no campo.
·
* Redução da pressão migratória sobre as pequenas
e médias cidades e metrópoles da região, reduzindo seus problemas sociais e
ambientais.
4 Desvantagens
·
* O nível do Rio braço do Norte iria baixar e
prejudicar a fauna e flora da região.
· *
Com o nível de água mais baixo a poluição
ficaria mais em destaque no Rio Braço do Norte.
5 Considerações finais
Água é um recurso indispensável para a sobrevivência do ser
humano, devemos analisar o melhor método de beneficiar uma região, causando o
menor impacto ao meio ambiente. Devemos
ao planejar esse método de um jeito que seja mais rentável analisando os
custos de implantação, a manutenção, e
os gastos proveniente por vários anos (exemplo a energia gasta).
REFERÊNCIAS
Jornal folha. Os contrastes do rio Braço do Norte
Disponível em:.Acesso
em: 12 jun. 2016.
DINIZ, M. B. C. A sustentável leveza das águas do São
Francisco. Artigonal Disponível em: < http://www .artigonal.com/meio-ambiente-artigos/a-sustentavel-leveza-das-aguas-do-sao-francisco-910871.html
>. Acesso em: 14 jun. 2016
IBGE. Infográficos Disponível em: .
Acesso em: 14 jun. 2016
SEBRAE. Santa
Catarina em números Disponível em: < http://www.sebrae-sc.com.br/scemnumero/arquivo/Grao-Para.pdf>.
Acesso em: 14 jun. 2016
Me. Rodolfo Alves Pena.Consumo de água no mundo Disponível em: < http://brasilescola.uol.com.br/geografia/consumo-agua-no-mundo.htm>. Acesso em: 14 jun. 2016
Wikipédia. Rio Tubarão Disponível
em:.Acesso em: 12 jun.
2016
Observação: O projeto é uma sugestão para suprir a falta de água.Grão Pará não sofre com a falta de água.
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