O setor naval é uma das mais
velhas seções de transporte e que mais progressos foram incorporados entre o
segmento veicular. Contudo, a indústria naval e o setor de construção naval em
particular, representam um dos mais sofisticados setores industriais de alto
valor agregado.
A incorporação de multicascos,
alto desempenho, design ajudado por computadores, simuladores, hidrodinâmica,
aerodinâmica, motores e propulsões. Em algumas décadas uma geração nova de
conceitos tomou forma, porém os barcos tradicionais ainda coexistem e mantêm
seu próprio. Este é um setor onde a tradição e o moderno convivem, sendo que há
uma revolução onde novos conceitos estão sendo patenteados o tempo inteiro.
Barcos
são veículos aquáticos que ficam com suas partes inferiores submersas. A
resistência é maior que em carros, onde há apenas um pequeno contato
(diminuindo o atrito) pelos pneus com o solo, tornando então os barcos mais
lentos que outros veículos.
Entretanto
o italiano Enrico Forlanini teve uma ideia para solucionar esse problema. E se
barcos funcionassem fora da água?
O barco, abaixo de um casco
normal, possui um conjunto de hidrofólios, que nada mais são do que asas
aquáticas. Usando o conceito de hidrodinâmica, a água passando em velocidade
gera sustentação, empurrando o barco para cima. Quando a gravidade equilibra a
força ascensional, o barco para de subir, havendo a possibilidade de todo o
casco ficar fora da água. Contudo, não haverá mais arrasto hidrodinâmico e o
barco enfrentará apenas a resistência do ar.
Essa
tecnologia é usada em embarcações militares e de transporte civil. Em 1970,
havia a possibilidade de fazer a travessia Rio-Niterói em 7 minutos em um
aerobarco com hidrofólio, uma vez que a barca tradicional levava 20 minutos.
Porém,
atualmente, o uso de hidrofólio enfrenta vários desafios, tendo seu uso
limitado. Indústria conservadora, altos custos de manutenção, problemas em mar
agitado, vulnerabilidade a obstáculos submersos e ambientalistas “que não
gostam da ideia de lâminas percorrendo o fundo do mar a 80 km/h fazendo sashimi
de baleia”, como afirma o escritor Carlos Cardoso.
Porém,
o uso de hidrofólios é difundido na navegação esportiva de alta performance. A
equipe americana de iatismo, Team Oracle USA, desfrutam de um barco feito com
fibra de carbono, possuindo uma vela rígida de 68 metros, alcançando uma
velocidade 2,5x maior do que a do vento.
Niterói Explorer: Travessia Rio-Niterói em Sete Minutos.
Disponível em: [https://www.youtube.com/watch?v=hHCfq8MrXOg].
ORACLE TEAM USA - Fun on Foils. Disponível em: [https://www.youtube.com/watch?v=Y6dnOlE9sjk].
Foiling camp finale: "Everyone has a smile on their
face". Disponível em: [https://www.youtube.com/watch?v=bzXq29iR2E0].
Referências Bibliográficas
CARDOSO, Carlos. Hidrofólios — uma velha ideia nova.
Disponível em:
.
Acesso em: 09 set. 2018.
Factory of factories. BARCOS DESIGN & TENDÊNCIAS.
Disponível em: .
Acesso em: 09 set. 2018.
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