terça-feira, 22 de outubro de 2013

SIFÃO

O vídeo abaixo busca esclarecer questões relacionadas ao sifonamento de um fluido relacionando com algumas operações industriais. Este sistema é amplamente empregado industrialmente na transferência de fluidos de um tanque para outro.
Autores:

ClaudioNicolazzi Corrêa;
Murilo Dircksen;
Otoniel Oliveira;
Roberto Vandré da Rosa


segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Pratica de laboratório mecânica de fluidos

Pratica de laboratório mecânica de fluido


Vídeo muito interessante, pois retrata vários experimentos em laboratório.
https://www.youtube.com/watch?v=YkEXjy5W6cE

A hidrostática é a parte da física que estuda os líquidos e os gases em repouso, sob ação de um campo gravitacional constante, como ocorre quando estamos na superfície da Terra.

As leis que regem a hidrostática estão presentes no nosso dia-a-dia, mais do que podemos imaginar. Elas se verificam, por exemplo, na água que sai da torneira das nossas residências, nas represas das hidrelétricas que geram a energia elétrica que utilizamos e na pressão que o ar está exercendo sobre você nesse exato momento.

Everton da Costa, Guinter Alves Júnior, Vinicius Melo

Tensão Superficial - Diego Ferreira, Emanuel Maccari e Izaque Dacoregio


IMAGEM: IZAQUE DACOREGIO

Tubo de Pitot


TUBO DE PITOT
O Tubo de Pitot é um instrumento utilizado para a medição de velocidades de escoamentos, tanto internos quanto externos, para líquidos ou gases. O instrumento foi apresentado em 1732 por Henry de Pitot - “A idéia deste instrumento era tão simples e natural que no momento que eu o concebi, corri imediatamente a um rio para fazer o primeiro experimento com um tubo de vidro”, Benedict (1984). Os conceitos básicos necessários para o entendimento e para o uso do Tubo de Pitot estão associados às pressões do escoamento, as quais são introduzidas na sequência, através das definições.
Pressão Estática – é a pressão real ou a pressão termodinâmica que atua no fluido. Pode também ser definida como a pressão acusada por um sensor que acompanha o fluido, com a mesma velocidade deste. É medida através do uso de um pequeno orifício executado na parede da tubulação ou de outra superfície alinhada com o escoamento, tendo-se o cuidado de que esta medição altere o mínimo possível o movimento do fluido.
Pressão Dinâmica – é a pressão decorrente da transformação da energia cinética do fluido em pressão, através de uma desaceleração isoentrópica do mesmo.

Pressão Total, de Impacto ou de Estagnação – é a soma da pressão estática com a pressão dinâmica. A sua medição é feita através de uma tomada de pressão voltada contra o escoamento e alinhada com as linhas de corrente, de forma a receber o impacto do fluido.
Abaixo segue o vídeo da nossa experiência utilizando um Tubo de Pitot:


A velocidade do fluxo pode ser obtida a partir das pressões




Aerofólios

Os aerofólios tem a aerodinâmica de uma asa de aviao só que virada para baixo, enquanto nos aviões a asa levanta o avião e da sustentabilidade ao vôo, o aerofólio de fórmula 1 canaliza a força do ar no sentido oposto, pressionando o carro para baixo contra o asfalto, mantendo-os no chão e dando mais sustentabilidade. Se não fosse por esse acessório, os veículos de corrida facilmente levantariam vôo, afinal estes atingem a velocidade de 300 Km/h.

Alunos:
Diogo Medeiros Severino
Fernanda Devaliere Verginia
Eduarda Dagostim

Tubo de Venturi

O tubo de Venturi ou venturímetro, como o proprio nome indica, foi inventado no século XVIII pelo cientista G. B. Venturi (1746 - 1822).
Estamos falando de um tubo com um estrangulamento, ou garganta, conduzindo um fluído, conforme mostra a Figura.









Supondo que o fluído seja um líquido, e se o escoamento for estacionário, isto é, se a pressão e a velocidade do fluído em cada ponto não variarem com o tempo, haverá uma diferença de pressão entre os pontos 1 e 2, indicada pela diferença entre as alturas do líquido nos dois capilares verticais.


Aluna: Victória Agnes

Pressão atmosférica x Pressão hidrostática

A pressão atmosférica exercida sobre o papel é suficiente para contrariar a pressão hidrostática exercida pela água, de modo que ela não caia do copo.
A pressão atmosférica é a pressão hidrostática causada pelo peso do ar acima do ponto de medição. Áreas de baixa pressão têm menos massa atmosférica acima do local, enquanto que as áreas de alta pressão têm mais massa atmosférica acima do local. Da mesma forma, quanto maior for a elevação, menos massa atmosférica acima haverá, por isso que a pressão diminui com o aumento da altitude.
A hidrostática, também chamada estática dos fluidos ou fluidostática (hidrostática refere-se a água, que foi o primeiro fluido a ser estudado, assim por razões históricas mantém-se o nome) é a parte da física que estuda as forças exercidas por e sobre fluidos em repouso.

Pressão hidrostática
Da mesma forma como os corpos sólidos, os fluidos também exercem pressão sobre outros, devido ao seu peso.
Para obtermos esta pressão, consideremos um recipiente contendo um líquido de densidade d que ocupa o recipiente até uma altura h, em um local do planeta onde a aceleração da gravidade é g.
A Força exercida sobre a área de contato é o peso do líquido.

p=F1/A



p=(m×g)/A
como:
d= M/V

a massa do líquido é: m= d× V

p= (d×V×g)/A

mas V=Abase×h , logo:



p=d×h×g=d×h×g

Ou seja, a pressão hidrostática não depende do formato do recipiente, apenas da densidade do fluido, da altura do ponto onde a pressão é exercida e da aceleração da gravidade.

Pressão atmosférica

Atmosfera é uma camada de gases que envolve toda a superfície da Terra.

Aproximadamente todo o ar presente na Terra está abaixo de 18000 metros de altitude. Como o ar é formado por moléculas que tem massa, o ar também tem massa e por consequência peso.

A pressão que o peso do ar exerce sobre a superfície da Terra é chamada Pressão Atmosférica, e seu valor depende da altitude do local onde é medida.

Quanto maior a altitude menor a pressão atmosférica e vice-versa.
Fonte: Wikipédia
http://www.youtube.com/watch?v=vjUkB6QrTV8


Equipe: Fernando Mendes Witter/ Wanderléia May

Foguete Mecânica dos Fluidos!

O funcionamento de um foguete pode ser explicado utilizando um balão de ar. 

Uma vez cheio, o ar é liberado, o balão se desloca no sentido contrário ao da saída do
ar.


Os foguetes consistem basicamente, em um projétil que leva combustível sólido ou líquido no seu interior. Esse combustível é descarregado continuadamente na câmara de combustão e são expelidos para trás na abertura na traseira. Essa expulsão do combustível resulta no deslocamento do foguete para frente.



Para a propulsão de um foguete de pet são necessários três dispositivos 
básicos: o disparador, a bomba de ar com manômetro e o foguete de garrafa. A 
bomba de ar com manômetro é importante para se ter segurança em relação ao valor 
da pressão que está sendo colocada no interior da garrafa.

Com os dispositivos acoplados basta injetar com água aproximadamente 1/3 
do volume da garrafa. A seguir, com a bomba, coloca-se ar no interior da garrafa a 
certa pressão estabelecida. Finalmente, aciona-se o dispositivo de disparo. A água é 
expelida impulsionando o foguete na direção oposta com grande velocidade.








Equipe: Renan Marcon QuarezeminHumberto Leonardo

Tensão Superficial - Mecânica de Fluidos!

Tensão superficial é um efeito físico que ocorre na camada superficial de um líquido que leva a sua superfície a se comportar como uma membrana elástica. As moléculas situadas no interior de um líquido são atraídas em todas as direções pelas moléculas vizinhas e, por isso, a resultante das forças que atuam sobre cada molécula é praticamente nula. As moléculas da superfície do líquido, entretanto, sofrem apenas atração lateral e inferior. Esta força para o lado e para baixo cria a tensão na superfície, que faz a mesma comportar-se como uma película elástica.

A tensão superficial está presente em situações interessantes: a superficial sem afundar no líquido, apesar de ser muito mais densa que a água. Este efeito permite que insetos caminhem sobre a água. Também permite que pequenos objetos de metal como agulhas ou lâminas flutuem na superfície da água. O uso de surfactantes e detergentes rompe a tensão superficial, por reduzir as forças de coesão entre as moléculas do líquido.

A tensão superficial da água é a mais alta de todos os líquidos, igual a 7,2 . 109 N. m-1.Isso explica vários fenômenos. Dentre eles, o principal:





Equipe: Renan Marcon Quarezemin /  Humberto leonardo

Mecânica dos Fluidos Não Newtonianos!

Uma meleca maluca formada pela mistura de amido de milho (mais conhecido como maisena) e água pode se comportar tanto como líquido quanto como sólido. Quando sofre pressão, fica duro como pedra, mas quando está livre, parece água, como se fosse areia movediça.

Esses tipos de material são chamados de fluidos não newtonianos. Eles têm viscosidade que varia conforme o tempo ou quantidade de pressão.



Um fluido não-newtoniano pode ser definido como um fluido que varia sua viscosidade de acordo com o grau de deformação aplicado. Eles podem ser classificados como fluidos dilatantes ou fluidos pseudoplásticos.


Fluidos Dilatantes: a viscosidade aumenta com o aumento da tensão.Fluidos Pseudoplásticos: a viscosidade diminui com o aumento da tensão.



Equipe: Renan Marcon Quarezemin /  Humberto Leonardo




Aerogel

Por Fábio Nelson Alves Abibi

Olá mestres e colegas. Trago aqui uma notícia um pouco antiga já, mas que percebo não ter sido explorada até o presente momento. Trata-se do Aerogel, uma tecnologia desenvolvida no início do século XX, e constantemente pesquisada e melhorada por cientístas do mundo todo, em especial, da NASA, a Agência Espacial Americana.

O aerogel e o cientista Peter Tsou, do JET/NASA. Foto: NASA

O Aerogel basicamente é um gel, – que por definição, trata-se de uma dispersão coloidal de sólido e líquido – porém, o fluido neste caso é utilizado em forma gasosa. Apesar de haver pesquisa constante nessa área, significativos avanços, especialmente tratando das esponjas de grafeno, transcrevo uma matéria da NASA datada de 2005, ocasião que houve um franco avanço em decorrência da Missão Stardust (em uma tradução livre, Poeira Estelar), e trata especificamente do Aerogel, atentando a parte fluida.

O objetivo primário da referida missão era capturar tanto amostras da “cauda” de cometas, como também de poeira cósmica (material disperso no espaço). Os principais desafios para o sucesso envolviam desacelerar as partículas de sua alta velocidade, com mínimo aumento de temperatura ou outros efeitos que pudessem causar alterações físicas. Para coletar as partículas sem causar danos, foi desenvolvido um aerogel baseado em silica, similar aos géis utilizados em sachês para absorver umidade em embalagens de produtos eletrônicos. Esse gel possuía cerca de 99,8% de volume “vazio”, ocupado apenas por ar, que vem a se dispersar posteriormente no “vácuo” espacial. Quando as partículas se chocam com o aerogel, enterram-se no material, criando um deixando um rastro de até 200 vezes seu comprimento. Isso causa uma desaceleração significativa, até a cessão de movimento das partículas.

O Aerogel não é como as esponjas ou colóides comuns, pois possui uma estrutura porosa especial com extrema microporosidade numa escala mícron. Para melhor entender em termos físicos suas propriedades, um sólido de cerca de 2 g é capaz de suportar o peso de uma rocha de 2,5 kg, ou ainda suportar altas temperaturas sem desvanecer-se tão facilmente quanto os géis com fluidez líquida.

Foto 1: Aerogel de 2g sustentando rocha de 2,5Kg.
Foto2: Aerogel sustentando giz de cera sobre um maçarico.
Fonte: NASA

Há ainda muito conteúdo a ser abordado sobre o assunto, porém, focado nas propriedades sólidas e diferentes tipos de aerogéis (como citei no começo), porém, resolvi focar no que mais tange nosso conteúdo: relação de fluidos líquidos e gasosos. Creio que o Aerogel demonstra claramente como apesar da diferença de estado físico, os fluidos mantém muitas das mesmas propriedades mecânicas, e como a ciência pode se beneficiar de suas aplicações.


Na ocasião desta postagem (14/10/2013 - 17:55), o site da NASA encontra-se desativado devido a sua desmobilização pelo Governo dos EUA. Utilizei a versão em cache do Google para acessar o conteúdo da mesma.

domingo, 13 de outubro de 2013

Os Fluídos não Newtonianos - Jefferson Zanelato

        Os fluidos não newtonianos, como ketchup e o amido de milho, são aqueles cuja viscosidade varia conforme o grau de deformação aplicado. Portanto, não possuem uma viscosidade bem definida.
A viscosidade aumenta com o aumento da tensão e se comportam tanto como líquido quanto como sólidos.





Túnel de vento


    Os túneis de vento nada mais são do que estruturas que propiciam a simulação do comportamento do ar em relação a diversos tipos de objetos, como aviões, carros e até mesmo na construção civil. A instalação permite observar o movimento do ar ao redor dos itens inseridos dentro dele, o que não é possível realizar facilmente em uma situação normal, por exemplo, quando uma aeronave está em pleno voo.

Para que servem os túneis de vento?

Além dessas aplicações, que têm um foco mais voltado para estudo e testes, esses túneis também são utilizados como um meio de entretenimento por algumas empresas. Exemplos disso são as estruturas que permitem simular situações de queda livre e planação no ar.
No meio comercial, esse tipo de construção é utilizado para testar o comportamento de automóveis, simulando-os em alta velocidade. Exatamente por conta disso, esses túneis também são empregados em larga escala por várias escuderias da Fórmula 1, permitindo a criação de carros mais estáveis e mais rápidos apenas por meio de alterações na aerodinâmica.



Aluna: Fernanda Ghizoni Kafka

Barco a Vapor


Nosso tema consiste na construção de um protótipo de um barquinho a vapor conhecido como “pop pop”.
O barco a vapor é uma máquina térmica, que transforma o calor das chamas da vela em movimento, ou seja, a energia térmica em energia mecânica.
 Em termos científicos, o calor é energia térmica em trânsito; é a energia atual, interna, cinética, contida nos átomos onde as moléculas se movimentam e se transferem em um corpo mais frio.

Nosso combustível utilizado foi o calor gerado por uma vela de parafina e fogo. O funcionamento dele é simples: o barquinho se move porque há pequenas gotas de água no interior do compartimento de alumínio. Quando essas gotas esquentam, se transformam em vapor e “expulsam” a água que está nos canudinhos, criando uma espécie de jato. Quando o vapor está prestes a sair, o contato com a água gelada faz com que ele esfrie e se transforme em líquido novamente. Com a diminuição de temperatura, diminui também a pressão dentro do compartimento de alumínio, fazendo com que a água volte para lá. Desta forma, água esquenta novamente, e assim o ciclo recomeça.

                       
                                          Alunos: 

                                                           Adilson Machado
                                                    Frederico Bergmann de Souza

sábado, 12 de outubro de 2013

Experimentos de Fenômenos de Transporte I

APLICAÇÃO DO FENÔMENO DE TRANSPORTES NA INDÚSTRIA

Alunos: Patrick Sachetti Calegari
              Douglas da Silva
              Fabio Venancio

1.         INTRODUÇÃO

Na indústria o fenômeno de transportes está presente em inúmeros processos produtivos, seja para uma simples medição de pressão, nível ou para medições de vazões elevadas de gases ou vapores, normatizadas ou não.
Foi através do conhecimento em fenômeno de transportes que foi possível desenvolver equipamentos de medição que permitem que possamos conhecer em tempo real as informações das variáveis pertencentes à cada processo produtivo. Atualmente na indústria, diversas tecnologias vêm sendo aplicadas na medição de diversas variáveis. Graças ao constante aprimoramento dos instrumentos é possível realizar o controle automático dos processos de maneira muito mais eficiente.
 Neste trabalho, vamos apresentar como o fenômeno dos transportes é utilizado no setor industrial, descrevendo como ocorre a calibração de transmissores de nível por pressão diferencial.

2.         Fundamentação Teórica

Segundo Souza (2003), antigamente, para aplicações industriais, não havia sistemas de controle automático. O controle dos processos era baseado na intuição e experiência dos operadores. Como exemplo, cita-se o caso de controle da combustão. O operador era o instrumento de controle que julgava a necessidade da relação estequiométrica receber maior quantidade de ar ou combustível, e fazia-o observando a estabilidade e coloração da chama. Desta maneira o resultado era uma combustão de pouca qualidade, que implicava em consumo excessivo de combustível, altas emissões de gases e de material particulado.
O autor ressalta ainda que, atualmente a tecnologia envolvida nos sistemas de controle e instrumentação aplicados aos processos industriais, possibilita um aumento significativo na qualidade e eficiência do controle de processos.
Na sequência faremos uma breve fundamentação teórica sobre medição de pressão e nível, mais comumente empregadas nas indústrias.

2.1. Pressão

Sighieri (1973) diz que a pressão é uma grandeza física definida matematicamente, pela equação (2), como a razão entre a força e sua área de atuação. Formalmente, pressão é a força normal (perpendicular à área) exercida por unidade de área. O símbolo utilizado para expressar a pressão é a letra “P”.

 
P = F / A [N/m²]
(2)
Onde:
F: força [N]; e
A: área [m²].

Já Alves (2005) comenta que a medição de pressão é a mais importante na instrumentação, pois as medidas de pressão diferencial, vazão e nível são normalmente realizadas através da medição de pressão.
O autor diz ainda, que a pressão atmosférica também pode ser denominada de pressão barométrica, e representa a pressão exercida pelo ar sobre nós. No nível do mar, segundo o autor, corresponde a 760 mmHg, também conhecida por atmosfera padrão, com a densidade do mercúrio (Hg) de 13,5951 g/cm² e numa aceleração da gravidade de 9,80665 m/s². O instrumento utilizado para medir a pressão atmosférica é o barômetro.

Conforme França (2007, p.195):

A pressão menor que a pressão atmosférica é chamada de vácuo. Em outras palavras, o vácuo é usado para expressar uma pressão inferior à pressão atmosférica, ou seja, é o quanto abaixo a pressão de um determinado espaço está em relação à pressão atmosférica. A pressão relativa é medida tomando-se como referência à pressão barométrica vigente. Representa o excesso ou ausência de pressão em relação à pressão atmosférica, portanto pode ser positiva ou negativa. Os instrumentos mais utilizados para medir a pressão relativa são os manômetros. A pressão absoluta é a pressão positiva a partir do vácuo absoluto, ou seja, é a soma da pressão atmosférica local e da pressão relativa.
 
A medição de pressão é fundamental em praticamente todos os processos industriais, pois através disto, é possível saber se a pressão está dentro dos limites admitidos, de modo a não comprometer o funcionamento e segurança das instalações.
De acordo com Delmée (1982), existem diversas unidades para representar esta grandeza. As unidades mais utilizadas, bem como seus fatores de conversão, estão apresentadas na Tabela 2.1. A unidade de pressão utilizada no Sistema métrico (MKS) é o kgf/cm², no Sistema inglês/americano a unidade adotada é o lbf/pol2 ou psi, já no Sistema internacional (SI) a unidade básica de pressão é o Pascal (Pa). O Pascal corresponde à pressão exercida por uma força de um Newton (N) atuando sobre uma área de um metro quadrado (m2).

Tabela 2.1 – Tabela de Conversão de Unidades de Pressão

Unid
Bar
KPa
Kgf/cm²
mH2O
mmHg
psi
InH2O
inHg
1 bar
1
100
1,0197
10,197
750,062
14,504
401,463
29,53
1 KPa
0,01
1
0,0102
0,1020
7,500
0,14504
4,01463
0,0295
1 kgf/cm²
0,9806
98,066
1
10
735,56
14,223
393,70
28,959
1mH2O
0,09806
9,8066
0,10
1
73,556
1,42233
39,370
2,8959
1 mmHg
0,001
0,133
0,0014
0,0136
1
0,019
0,54
0,03937
1 psi
0,0689
6,89
0,070
0,704
51,715
1
27,68
2,04
1 inH2O
0,0025
0,249
0,00254
0,0254
1,868
0,0361
1
0,0735
1 inHg
0,0338
3,386
0,0345
0,3459
25,4
0,491
13,595
1
Fonte: DELMÉE, 1982

2.2. Nível

De acordo com Alves (2005) a medição de nível em unidades industriais tem dois objetivos:
-     Avaliação de estoques em tanques de armazenamento e
-     Controle de processos contínuos.

No primeiro caso, existem sistemas completos de medição produzidos para serem instalados em grandes tanques de armazenamento.
Para o controle de processos contínuos, existem diversos tipos de sensores e medidores de nível. Os mais usados na indústria são os visores de nível, transmissores de empuxo (com bóias e tubo de torque) e os transmissores de pressão diferencial. A seguir serão descritos os mais comuns na indústria.

2.2.1.   Visores de Nível

A utilização de visores trata-se do meio mais elementar de medição de nível. Sighieri (1973) descreve que os visores funcionam através do princípio dos vasos comunicantes, de forma que garantem a confiabilidade da medição. São empregados em tanques de armazenamento como indicadores locais. São instalados entre dois pontos de um tanque, onde se deseja monitorar o nível, normalmente através de uma estrutura de aço, possuindo no campo de leitura um vidro transparente que permite a visão do produto no interior do tanque.
O autor ainda explica que a instalação destes visores é feita utilizando válvulas de isolação e dreno para permitirem a manutenção. No mercado está disponível em diversas dimensões, de acordo com a faixa de medição necessária, sendo possível também fazer a instalação destes visores em série, aumentando a faixa de medição. Deve-se tomar o cuidado de especificar a classe de pressão dos visores compatível com a do tanque.

2.2.2.   Transmissores de empuxo

 Sighieri (1973) relata que os transmissores de empuxo ou deslocador, também utilizam o princípio dos vasos comunicantes, possuem um reservatório entre os pontos de conexão ao processo. Neste reservatório está instalado o flutuador que transmite mecanicamente, através do tubo de torque, as variações de nível ao instrumento que a converte em um sinal padronizado elétrico (4 a 20 mA) ou pneumático (3 a 15 psi).
Este tipo de transmissor, geralmente, é mais utilizado em vasos de pressão para monitorar e/ou controlar o nível da interface entre condensado e vapor. No caso de se utilizar para controle, o centro do deslocador deve estar associado ao nível de operação normal da interface.

2.2.3.   Transmissores de pressão diferencial

Alves (2005) mostra que a medição de nível pode ser feita simplesmente medindo-se a diferença de pressão entre as partes superior e inferior do tanque onde se encontra o líquido. A altura da coluna manométrica do líquido é igual a pressão medida. Consequentemente, o volume e o nível no interior do tanque são proporcionais à pressão diferencial medida.
Diz ainda que estes transmissores são aplicados para controle de processos contínuos na medição de nível de tanques pressurizados. No caso de tanques à pressão atmosférica, a tomada da baixa pressão fica aberta a atmosfera.

2.3. Conceitos Básicos de controle de processos

De acordo com Ogata (1970), o objetivo de um sistema de controle automático é fazer com que, uma dada grandeza, permaneça estável a um valor pré-determinado.
De acordo com Mazzuco (2009), um controlador atua nos processos medindo a variável controlada e, comparando-a com um valor de referência, processando esta diferença no circuito de controle, acionando o atuador do elemento final de controle com o objetivo de eliminar ou diminuir as variações, que são indesejáveis no processo.

2.3.1.   Componentes e variáveis de um sistema de controle

Nesta seção serão descritos os principais dispositivos e variáveis que compõem um sistema de controle.

2.3.1.1.           Elemento primário de medição

Segundo Souza (2003), o elemento primário de medição é normalmente um sensor capaz de captar o valor de uma grandeza física e transformá-la em um sinal que possa ser lido pelo controlador.
Na Figura 2.1 estão representados alguns dos elementos primários de medição mais comuns nas indústrias. Da esquerda para direita vê-se um termômetro de resistência, também conhecido como termoresistência, depois estão ilustrados alguns tipos de placas de orifício utilizadas na medição de vazão, e por fim tem-se o tubo de bourdon, utilizado para medição de pressão relativa.

Fonte: ecil, 2012.
Fonte: Flowmaster, 2012
 

Fonte: autor, 2012
                                    
 Figura 2.1 – Elementos primários de medição


2.3.1.2.           Transmissor
De acordo com Souza (2003), o transmissor é um dispositivo capaz de emitir um sinal padrão (elétrico, pneumático), proporcional ao valor da grandeza física medida pelo elemento primário de medição.
Da esquerda para a direita, na Figura 2.2, vê-se um transmissor de pressão diferencial utilizado na medição de pressão, vazão e nível. Na sequência vê-se um transmissor de temperatura.
 
   Figura 2.2 – Transmissores
Fonte: SMAR, 2012
 
2.3.1.3.           Controlador
Souza (2003) diz que o controlador é o equipamento que executa as ações de controle propriamente ditas, ou seja, o controlador produz um sinal de comando no sentido de eliminar o erro de controle. Na Figura 2.3 vê-se alguns modelos de controladores universais de processo.


                              Figura 2.3 – Controladores universais de processo
                              Fonte: Presys, 2012.

2.3.1.4.           Atuador

Conforme Souza (2003), o atuador é o componente responsável pelo acionamento do elemento final de controle (como uma válvula, comporta, pistão, etc.).
Alguns modelos de atuadores estão representados na Figura 2.4, normalmente possuem botões para comando local e indicação de status.

                                                            Figura 2.4 – Atuadores
                                                            Fonte: COESTER, 2012

2.3.1.5.           Elemento final de controle

O elemento final de controle, segundo Souza (2003), é o dispositivo, diretamente conectado ao processo, com potência suficiente para agir sobre a variável manipulada afim de regular a variável controlada, geralmente são válvulas, motoredutores, etc.
A Figura 2.5 ilustra o elemento final de controle mais utilizado nos processos industriais, trata-se de uma válvula globo, tipo gaiola e com sede simples.
 
Figura 2.5 – Elemento final de controle
Fonte: Spirax Sarco, 2011.

2.3.1.6.           Variável controlada

Souza (2003) diz que a variável controlada é a grandeza a ser controlada (temperatura, pressão, vazão, nível, etc.).

2.3.1.7.           Referência (”setpoint”)

Souza (2003) descreve que a referência é o valor desejado da variável controlada, ou seja, é o ponto desejado de controle. Este sinal pode ser estabelecido pelo operador em modo manual ou pode ser obtido através de cálculo de um “setpoint” externo.

2.3.1.8.           Erro de controle

Segundo Souza (2003), o erro de controle é a diferença entre o “setpoint” e o sinal correspondente ao valor real da variável controlada.

2.4.  Exemplo de um Sistema de controle de processo

Para auxiliar a compreensão do texto, nesta seção será apresentado um exemplo de controle de processo típico, para melhor ilustrar o tema.

2.4.1.   Controle de um aquecedor de água

Para uma melhor compreensão de um sistema de controle, é ilustrado na Figura 2.7 um trocador de calor como exemplo a um processo industrial típico. O mesmo trocador de calor, na Figura 2.8, está representado no formato de diagrama de blocos.
No caso do trocador de calor, o processo consiste na operação de controlar o fornecimento de energia térmica ao fluído a ser aquecido. O processo e suas variáveis são apresentados abaixo.
-     Processo: troca de calor entre o vapor e a água fria através das paredes dos tubos do aquecedor;
-     Variável Controlada: temperatura da água quente;
-     Variável Manipulada: vazão de vapor;
-     Meio controlado: água quente;
-     Elemento Final de Controle: válvula pneumática de controle;
-     Perturbações: temperatura e pressão do vapor, temperatura e vazão da água fria, vazão da água quente, condições do aquecedor etc.

 
Figura 2.7 – Fluxograma trocador de calor a vapor.
Fonte: Antônio César Pasquoto Melo, 1980.
 
Figura 2.8 – Diagrama de blocos trocador de calor a vapor.
Fonte: Antônio César Pasquoto Melo, 1980.


3.         EXEMPLO APLICAÇÃO DO FENÔMENO DE TRANSPORTES NA INDÚSTRIA


Nesta seção abordaremos de maneira bastante clara e direta como os fenômenos dos transportes permite a automação e a supervisão das variáveis de cada processo.
Portanto, logo abaixo, exemplificaremos o processo de calibração de um transmissor de pressão diferencial. Este transmissor é utilizado na medição de nível de um tanque de água desmineralizada (ver figura 3.1) utilizada no processo de geração de energia elétrica de uma usina termelétrica.
Figura 3.1 Tanque Água Desmineralizada
Fonte: Documento do acervo técnico da Tractebel Energia
 
3.1. Verificação de calibração transmissor de nível
No caso da medição de nível do tanque de água desmineralizada, por se tratar de um tanque submetido somente à pressão atmosférica, está medição poderia ser realizada por um transmissor de pressão manométrica. Diferentemente dos tanques que trabalham pressurizados, onde a medição de nível deve ser feita por transmissores de pressão diferencial, ultrassônicos ou radares. Entretanto, neste caso optou-se em utilizar um transmissor de pressão diferencial, ou seja, a tomada positiva conectada na linha de impulso na base do tanque e a tomada negativa à atmosfera. Assim, a medição não sofre variações em função de variações na pressão atmosférica.
Desta maneira, necessitamos apenas conhecer a altura do tanque e o fluído, pois com estas informações já podemos definir o valor de calibração deste transmissor. Pois sabemos que a densidade da água a temperatura ambiente é aproximadamente 1000 (kg/m³) e cada 1000 mm de altura do tanque equivale a 1000 mm de coluna d’água. O valor de calibração para o tanque da figura 3.1 pode ser obtido, diretamente, multiplicando-se a densidade relativa da água desmineralizada pela altura a ser medida, conforme pode ser visto na nas expressões abaixo. Um esquema para auxiliar na interpretação do método utilizado para obtermos o DP, está apresentado na figura 3.2.
Chamando de P1 a pressão na tomada positiva do transmissor e P2 a pressão atmosférica temos o seguinte:
DP = P1 – P2
P1 = {[r(H2O) . g . h] + [r(ar) . g . h]}
P2 = [r(ar) . g . h]
Logo:
DP = {[r(H2O) . g . h] + r(ar) . g . h} – r(ar) . g . h
Assim, façamos as simplificações possíveis
Cortam-se em todas as expressões a gravidade.
DP = [r(água) . h + r(ar) . h – r(ar). h
Como “r(ar). h” representa a pressão atmosférica e a temos aplicada em ambas as tomadas de impulso do transmissor, log uma anula a outra, podendo também serem eliminadas.
Assim, a pressão diferencial correspondente ao nível do tanque pode ser simplesmente o produto da densidade relativa da água e altura a ser medida.
DP= r(H2O) . h
Onde:
r: corresponde a densidade do fluído;
h: corresponde a altura a ser medida.
 
 
Figura 3.2 Medição de nível em tanques abertos
Fonte: Fonte: imagens da internet/2013

3.1.1.   Procedimento de verificação de calibração

Para verificarmos a calibração de um transmissor de pressão diferencial, precisamos de algumas ferramentas específicas para este fim, as mesmas estão exibidas na figura 3.3.
O procedimento consiste em desconectarmos fisicamente o transmissor da tomada de impulso com o auxílio de algumas ferramentas manuais, expostas na figura 3.3 A. Após isto é necessário conectarmos, através de uma mangueira, o calibrador de pressão, que pode ser visto na figura 3.3 B. Na sequência deve-se conectar um miliamperímetro no circuito elétrico do transmissor para obtermos o sinal de saída analógico, proporcional a pressão aplicada ao transmissor em prova. Neste caso, utilizamos um alicate miliamperímetro, que basta envolver o condutor de saída do transmissor, não havendo necessidade de desconectar fios no transmissor, o mesmo está exibido na figura 3.3 C.


  A
 
B
C

Figura 3.3 Ferramentas para calibração de transmissores de pressão
Fonte: imagens da internet/2013

Após conferirmos a vedação das conexões entre a saída do calibrador de pressão e entrada da tomada positiva do transmissor em prova, iniciamos o procedimento aplicando pressão nos valores correspondentes a 0 % (zero), 25% (vinte e cinco), 50% (cinquenta), 75% (setenta e cinco) e 100% (cem) e efetuando as leitura de corrente elétrica na saída do transmissor. A planilha com as leituras é apresentada na Tabela 3.1.
De acordo com os valores obtidos, o técnico pode verificar o erro apresentado pelo transmissor. Cabendo avaliar a necessidade de fazer ajustes ou não, de acordo com a exatidão requerido para o instrumento.

Tabela 3.1 Tabela calibração Transmissor Tanque Água Desmineralizada

Percentual do sinal (%)
Pressão aplicada (mmH2O)
Saída teórica
(mA)
Leitura 01 (mA)
Leitura 02 (mA)
Leitura 03 (mA)
0
0
4
3,98
3,99
3,99
25
1500
8
7,99
7,99
7,99
50
3000
12
11,99
12,00
12,00
75
4500
16
16,00
16,00
16,00
100
6000
20
20,00
20,00
20,01

Os dados obtidos neste processo de verificação de calibração, foram considerados satisfatórios, não havendo a necessidade de ajustes do instrumento. Desta maneira, basta conectar fisicamente o transmissor ao processo e o mesmo está apto a efetuar a medição de nível do tanque com a confiabilidade e exatidão requerida pelo processo.