Por Fábio Nelson Alves Abibi
Olá mestres e colegas. Trago aqui uma
notícia um pouco antiga já, mas que percebo não ter sido explorada
até o presente momento. Trata-se do Aerogel, uma tecnologia
desenvolvida no início do século XX, e constantemente pesquisada e
melhorada por cientístas do mundo todo, em especial, da NASA, a
Agência Espacial Americana.
O aerogel e o cientista Peter Tsou, do JET/NASA. Foto: NASA
O Aerogel basicamente é um gel, –
que por definição, trata-se de uma dispersão coloidal de sólido
e líquido – porém, o fluido neste caso é utilizado em forma
gasosa. Apesar de haver pesquisa constante nessa área,
significativos avanços, especialmente tratando das esponjas de
grafeno, transcrevo uma matéria da NASA datada de 2005, ocasião que
houve um franco avanço em decorrência da Missão Stardust (em uma
tradução livre, Poeira Estelar), e trata especificamente do
Aerogel, atentando a parte fluida.
O objetivo primário da referida missão
era capturar tanto amostras da “cauda” de cometas, como também de
poeira cósmica (material disperso no espaço). Os principais
desafios para o sucesso envolviam desacelerar as partículas de sua
alta velocidade, com mínimo aumento de temperatura ou outros efeitos
que pudessem causar alterações físicas. Para coletar as partículas
sem causar danos, foi desenvolvido um aerogel baseado em silica,
similar aos géis utilizados em sachês para absorver umidade em
embalagens de produtos eletrônicos. Esse gel possuía cerca de 99,8% de volume
“vazio”, ocupado apenas por ar, que vem a se dispersar
posteriormente no “vácuo” espacial. Quando as partículas se
chocam com o aerogel, enterram-se no material, criando um deixando um
rastro de até 200 vezes seu comprimento. Isso causa uma
desaceleração significativa, até a cessão de movimento das
partículas.
O Aerogel não é como as esponjas ou
colóides comuns, pois possui uma estrutura porosa especial com
extrema microporosidade numa escala mícron. Para melhor entender em
termos físicos suas propriedades, um sólido de cerca de 2 g é
capaz de suportar o peso de uma rocha de 2,5 kg, ou ainda suportar altas
temperaturas sem desvanecer-se tão facilmente quanto os géis com
fluidez líquida.
Foto 1: Aerogel de 2g sustentando rocha de 2,5Kg.
Foto2: Aerogel sustentando giz de cera sobre um maçarico.
Fonte: NASA
Há ainda muito conteúdo a ser abordado sobre o assunto, porém, focado nas propriedades sólidas e diferentes tipos de aerogéis (como citei no começo), porém, resolvi focar no que mais tange nosso conteúdo: relação de fluidos líquidos e gasosos. Creio que o Aerogel demonstra claramente como apesar da diferença de estado físico, os fluidos mantém muitas das mesmas propriedades mecânicas, e como a ciência pode se beneficiar de suas aplicações.
Fonte: http://stardust.jpl.nasa.gov
Na ocasião desta postagem (14/10/2013 - 17:55), o site da NASA encontra-se desativado devido a sua desmobilização pelo Governo dos EUA. Utilizei a versão em cache do Google para acessar o conteúdo da mesma.
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