quinta-feira, 12 de junho de 2014

Escoamento do ar.



Influência externa das forças nas edificações, devido a ação do vento.


Tem-se como objetivo salientar a necessidade do estudo dos fluídos, no caso ar, como grande influência na consideração das forças devidas à dinâmica do vento, para efeitos de cálculo de edificações.
O conhecimento dos princípios físicos do movimento do ar torna-se necessário para entender alguns dos fenômenos envolvidos na força exercida pelo vento em edificações.

Equações da dinâmica dos fluídos
Serão apresentadas algumas das equações da dinâmica dos fluídos, nas quais o movimento do ar está subordinado.
Equação de Bernoulli
O princípio de Bernoulli estabelece que, no caso do fluxo constante de um fluido incompressível e não viscoso, a energia de uma unidade de volume do fluido é conservada ao longo de seu percurso.
Considera-se que, o termo gravitacional é insignificante e a densidade do ar é constante, exceto quando ocorrem grandes variações de temperatura em relação à temperatura do ar exterior.
A equação mostra que num determinado ponto de uma corrente de ar, o aumento da velocidade do escoamento resulta na redução da pressão nesse ponto, e vice-versa. 

Tendo como exemplos, casos onde vemos que telhados são arrancados por razão da alta velocidade do vento em sua superfície superior, gerando assim uma baixa pressão, como mostra a figura.
Ventos paralelos produzem um esforço de sucção vertical sobre o componente, puxando-o na direção perpendicular ao do vento.

Equação de Venturi

Na aerodinâmica aplicada aos edifícios, o efeito Venturi pode ser percebido em muitas situações comuns, como passagens estreitas sob construções altas ou nas proximidades de aberturas de saída do ar pequenas, localizadas em ambientes que possuam amplas aberturas de entrada do vento.
O efeito de Venturi pode ser “usado de várias maneiras para produzir correntes de ar no interior das construções” (FATHY, 1989).
 
Número de Reynolds
É representado pela relação das forças de inércia divididas pela forças viscosas. A primeira, é a força gerada pelo impacto da  corrente na parte frontal do obstáculo. Apresenta um valor elevado para corpos não aerodinâmicos e diminui para corpos aerodinâmicos. As forças viscosas atuam com mais intensidade em formas aerodinâmicas, como aerofólios, por exemplo, e é reduzida em edificações. Em todos os casos, contudo, ambas as forças, inercial e viscosa, estão sempre presentes ao mesmo tempo, embora em diferentes proporções (MELARAGNO, 1982).
Na figura abaixo, as forças laterais de fricção que diminuem a velocidade do ar são as forças de viscosidade.

Zonas de pressão dinâmica do vento.

A pressão dinâmica é a pressão adquirida pela força da velocidade do vento, que se choca com o edifício, e está associada com a energia cinética do movimento da corrente de ar.
Tendo como referência a pressão atmosférica do local, pode se classificar a pressão entre positiva (+) e negativa (-).
Levando em conta o ponto de vista cientifico toda a pressão é positiva, esta zona negativa esta relacionada com uma pressão menor à pressão referencial, a pressão atmosférica.
Esta classificação é utilizada para facilitar a compreensão do efeito de pressão do escoamento sobre as superfícies do edifício.
As zonas do escoamento positiva exercem um empuxo nas superfícies do edifício.
Já zonas negativas apresentam um efeito de sucção nas superfícies do edifício.
O escoamento dentro da camada limite ( zona negativa) pode ser laminar ou turbulento, dependendo da geometria do corpo e do número de Reynolds, apresentado anteriormente. Na aerodinâmica das edificações comuns, onde o número de Reynolds é normalmente alto, as correntes de ar dentro da camada limite são geralmente turbulentas.

O link a baixo demonstra como o vento tem influência no projeto de um arranha céu, demonstrando como são feitos testes em túneis de vento para que o edifício seja dimensionado da melhor forma.

Equipe: Gustavo B. Leandro, Felipe Kindermann Victorazzi, Caio César Silva.

Nenhum comentário:

Postar um comentário