Os sistemas de transferência de fluido são amplamente utilizados
em diversos setores, dependendo sempre da configuração e do tipo de fluido que
deverá ser transferido. Eles podem ser incorporados em máquinas ou utilizados
de forma independente.
Um exemplo de um sistema de transferência de fluido é a Bomba de Vácuo. Implantada em uma Termoformadora de um laticínio,
na cidade de Braço do Norte, tem como finalidade retirar o ar das embalagens plásticas e simultaneamente
modificar a atmosfera no interior da embalagem (injeção de gás MAP) com filme
flexível, aumentando a vida útil dos produtos embalados. Este sistema gera
resistência do produto e agilidade na produção.
Definição de Bomba de Vácuo
A primeira Bomba a vácuo eficiente a ser produzida, foi obtida
por volta de 1650 por Otto Von. Seus princípios ainda regem o funcionamento das
Bombas atuais. Passou da geração de vácuo por bomba a partir de esforço físico,
para a manivela, e por fim, e em 1674 Denis Papin encontra uma solução para
produzir vácuo continuamente, acoplando outro cilindro à bomba. A partir daí,
as bombas a vácuo tiveram mudanças menores, seguindo sempre com os mesmos fundamentos,
tendo um formidável papel nas indústrias e em laboratórios.
Como funciona a bomba de
vácuo atualmente
As bombas a vácuo trabalham sob um dos três princípios seguidos
abaixo, e cada bomba tem sua característica em eficiência, velocidade e
produção (que indica a potência de uma bomba em um volume de gás).
- Deslocamento positivo
O processo envolve a formação de um vácuo quando uma câmara se
amplia, criando um vácuo natural e sugando mais gás dentro de si. Pode se
comparar com o funcionamento dos pulmões, que quando se dilatam o ar é sugado
para eles através do nariz ou boca. Entretanto, em uma câmara, essa dilatação
teria que crescer para sempre, de modo que pudesse criar um vácuo. Então ao
decompor a câmara a fim de que seção de expansão possa ser fechada, esta
expansão "infinita" pode ser obtida. Uma câmara decomposta poderia
expandir um lado, retirando o gás de seu interior, e em seguida, fechando a
parte de vácuo da câmara. Portanto, o gás no lado expandido é ejetado, ou
esgotado, e as seções se ligam novamente. A câmara se expande, criando uma
forte depressão no lado do vácuo da câmara, e o processo se repete.
-Transferência de impulso
Na transferência de impulso, uma câmara possui o lado de vácuo e
o lado de escape. No primeiro é onde o vazio é formado e no outro é onde as
moléculas do gás são expulsas da câmara. A transferência de impulso estabelece
um vácuo mais ameno devido à atuação de uma bomba volumétrica, que faz as
moléculas de gás ser jogadas para os lados da câmara.
Numa bomba turbo-molecular se utiliza diversos ventiladores com
alta velocidade, no qual obriga as moléculas de gás a se encaminhar para o lado
de exaustão, fazendo, então, um alto vácuo dentro da câmara. Contudo, o selo
não é fechado, de maneira que o escapamento ou derramamento possa acontecer,
limitando o efeito do vácuo. Para compensar isto, jatos de óleo ou mercúrio são
empurrados por ventiladores com super velocidade, forçando-as para o fim de
escape da bomba.
-Armadilha
A Armadilha tem-se a partir do princípio empregado por vários
tipos de bombas de gás que apanha em um estado não gasoso, isto é, basicamente,
se da pela conversão de gás em um sólido ou forçando-o a fixar (quando as
moléculas de gás permanecem na superfície de uma substância) e logo, usando um
aparelho para acabar com as moléculas do gás da câmara de vácuo.
Cálculo de Vazão Média de Sucção de
uma Bomba de Vácuo
Devemos escolher o gerador de vácuo mais
plausível para a utilização de dimensionamento exato de um sistema, depois de
escolhida a ventosa. As seguintes fórmulas verificam se o gerador é o certo.
Q1=(1/2~1/3) Qmáx (Nl/min)
|
, onde : Qmáx = vazão máxima de
sucção de gerador
|
O tempo de resposta do circuito é
interferido pela distância entre o gerador de vácuo, ventosa e o diâmetro do
tubo, todos esses fatores são importantes em um sistema de vácuo. Quanto
maiores for o diâmetro do tubo e a distância entre estes elementos maior será o
volume a ser succionado e logo, maior será o tempo de resposta do circuito, o
que poderá afetar sua aplicação.
Q2 = S x 1,1 (Nl/min)
|
,onde : S =Orifício efetivo
correspondente a tubulação(mm²)
|
A vazão máxima do sistema de
tubulação se dá através da fórmula: (conf. gráf.abaixo)
T1= (V x 60)/Q
|
(s) ,onde:V = volume de ar entre a
ventosa e o gerador
|
O tempo de resposta do sistema para
atingir 63% da pressão final de vácuo é dado pela fórmula: Q = valor Q1 ou Q2
(o menor dos dois)
O tempo necessário para atingir 95%
da pressão final de vácuo pela fórmula: T2 = 3 x T1 (s)
SMC Infotech - Sistemas de Vácuo -
29/08/03 - Engº Renato Dall'Amico - Pág.7
Exemplo para cálculo:
Gerador : ZH10BS
|
- Pressão de vácuo máxima do
gerador: 660mmHg
|
Sistema
Média máxima de vazão de sucção do
gerador: 24 l/min
Comprimento do tubo: 1 m - diâmetro
int. do tubo 4mm (TU0806) Diâmetro da ventosa: 10mm
Cálculos:
Q1 = (1/2 ~ 1/3) Qmáx
|
Q1= (1/2x24) ~ (1/3x 24) = 12 ~ 8
Nl/min
|
Vazão média:
Q2 = S x 1,1
|
Q2 = 18 x 1,1 = 199,80 Nl/min
|
Vazão máxima:
Tempo de resposta:
V = [(π x D²) / 4] x L (cm³)
|
,onde :D = diâmetro interno do tubo
(cm)
|
É necessário primeiro se calcular o
volume de ar entre a ventosa e o gerador L = comprimento da tubulação (cm)
V = [(π x 0,6²) / 4] x 100
|
V = 28 cm³ = 0,028 l
|
T1 = (V x 60) / Q
|
T1 = (0,028 x 60) / 8 = 0,21 (s)
|
T2 = 3 x T1 T2 = 3 x 0,21 = 0,63 (s)
Trabalho
realizado por: Alcione Warmling
Alice Galdino
Amanda Marcon
Turma: 3328
Sala: 204
Engenharia Civil 2015 - Fenômenos de Transporte
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