BOMBAS PARA BOMBEAMENTO DE CONCRETO
ALUNOS: LUIZ ANTONIO FELISBERTO, MARCELO ROSSO
DISCIPLINA: FENÔMENOS
DE TRANSPORTE
PROFESSORA:
MARIA LÚCIA COCHLAR
BOMBEAMENTO DE CONCRETO
As bombas são equipamentos de extrema importância para a
construção civil. Tanto para grandes quanto para pequenas obras, elas imprimem
mais velocidade à concretagem, diminuem a quantidade de mão de obra e
equipamentos, facilitam a aplicação e permitem um melhor acabamento, devido à
maior plasticidade do concreto.
Seu
funcionamento é muito complexo, mas podemos dizer que está baseado em acionar
dois pistões para funcionarem alternadamente. Enquanto um se enche com o concreto
proveniente do caminhão betoneira, o outro se esvazia, empurrando o concreto
para a tubulação de saída.
Dependendo do seu modelo, as bombas podem ser
montadas sobre o chassi de um caminhão, ou serem do tipo rebocável, seguindo
para a obra engatada em outro veículo.
Não existe uma classificação oficial para estes equipamentos,
portanto, afim de distingui-los agrupamos abaixo, por tipologias:
Bomba Lança: Equipamento que obrigatoriamente deve ser montado sobre o
chassi de um caminhão, devido ao seu tamanho e peso. O nome lança se deve ao
fato dela possuir um mastro distribuidor, articulado normalmente em três ou
quatro partes. No Brasil as bombas-lança mais utilizadas são as de 28 m e 32 m
de alcance do mastro e a maior bomba que existe em atividade
possui 56 metros de Lança.
Bomba Reboque ou Estacionária: São equipamentos sem o
mastro distribuidor, mas que podem ter o mesmo desempenho de uma Bomba Lança em
termos de velocidade e potência de bombeamento. São rebocadas até a obra e
necessitam da montagem de tubulação até o local de descarga. São mais
utilizadas em prédios, galpões com pé direito baixo, estacas hélice, etc.
Auto Bomba: Seria uma Bomba Reboque ou Estacionária montada sobre o
chassi de um caminhão, dispensando a necessidade de um veículo para
rebocá-la. Tida como a solução sucessora da Bomba Estacionária, devido a sua
maior praticidade.
Bomba de Mangote: São bombas com menor potência e velocidade de
bombeamento, mas perfeitas para serem utilizadas em obras residenciais. A
distribuição do concreto é feita através de mangotes de três polegadas e a
consistência do concreto (Slump) é excelente para o enchimento de lajes, vigas,
etc.
Existem muitos outros
tipos de bombas dos mais variados tipos, bem como as mais variadas funções que
vão muito além do simples bombeamento de água ou concreto.
Um exercício
interessante é treinarmos como fazer um dimensionamento de uma bomba de
concreto, para isso teremos a ‘ajuda’ abaixo.
DIMENSIONAMENTO
Para fazer o dimensionamento
de uma bomba de concreto devemos seguir critérios parecidos com os usados no
projeto de bombas hidráulica.
Devemos ter em mãos:
- Vazão para atender o pedido;
- Diâmetro da tubulação;
- Comprimento da tubulação
(horizontal vertical);
- Comprimento da tubulação
vertical;
- Quantidade de curvas e seus
raios;
- Slump do concreto ou
espalhamento;
Como
sabemos várias ferramentas, como ábacos que nos auxiliam nestes cálculos, como
é o caso do MONOGRAMA.
EXEMPLO:
Digamos que
tenhamos um pedido de 270 m³ de concreto para ser colocado em 6 horas então a
vazão será:
270(m³) /6(h)
= 45m³/h
O fator
de trabalho ou seja o rendimento seja de 75% logo a vazão se altera para:
45m³/h /
0.75 = 60,00 m³/h
Isso
acima quer dizer que a bomba trabalha 48 minutos em uma hora:
60 min x
75% = 45 minutos.
Diâmetro
da tubulação seja de DN 125.
Comprimento
total da tubulação seja 86 metros (incluído mangote da extremidade e
comprimento vertical).
Comprimento
vertical seja 50 metros que está incluído no comprimento total.
Tem-se 4
curvas de 90 graus
Tem-se 2
curvas de 30 graus
Slump de
120 mm
Agora se transformam em
metros as curvas que temos, pela seguinte regra:
·
Regra 1: para cada 30 graus corresponde a 1 metro de tubulação
horizontal.
Logo
temos:
4 curvas
de 90 graus = 4x90=360
2 curvas
de 30 graus = 2x30=60
Total =
420 / 30 = 14 mts
O
comprimento para colocar no NOMOGRAMA = 86(tubulação) + 14
= 100 metros.
Como a tubulação vertical provoca um aumento de pressão e
este aumento é diretamente adicionado na pressão estática e temos a segunda
regra:
·
Regra 2: Se considera que se tem um aumento de 0.25 bar para cada
metro de tubulação vertical.
Então, no
exemplo que estamos fazendo temos:
Bares
requeridos pelo comprimento da tubulação vertical = 50 mts x 0.25 = 12.50 bar.
Feito isso o NOMOGRAMA fica
do mostrado logo abaixo, em seus 4 quadrantes com a sua marcação feita nos
seguintes passos:
1. Marca-se a vazão de 60.00
m3/h;
2. Marca-se a linha do diâmetro
nominal da tubulação em DN 125;
3. Marca-se o Slump e ou espalhamento
de 120 mm;
Com a pressão encontrada de 20 Bar, que é a pressão da linha, se soma a pressão do comprimento vertical que é de 12.50 Bar, e assim obtêm-se também no ultimo quadrante, ou seja, a energia necessária:
Feito
isso temos as informações necessárias referentes ao dimensionamento.
Usaremos uma bomba com:
·
Vazão:
60 m³/h
·
Pressão:
32.50 bar
·
Energia:
de 77 KW
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