terça-feira, 20 de junho de 2017

Bombas pneumáticas

As bombas pneumáticas de diafragma são bombas de deslocamento positivo, não precisa de sistemas de segurança, são projetadas para pararem automaticamente quando se atinge a pressão regulada na linha de ar. As bombas pneumáticas de diafragma são utilizadas para o bombeamento de diversos produtos, corrosivos, derivados de petróleo, produtos viscosos, dentre outros.
Mostraremos seu funcionamento e sua aplicação na drenagem de poços do sistema de extração de cinzas no Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, Capivari de Baixo – SC, onde as bombas elétricas de drenagem foram substituídas por bombas pneumáticas como solução encontrada pela Engenharia juntamente com o setor de Segurança do trabalho para eliminar o risco de choque elétrico.


Aplicação: 

Esta tecnologia pode ser aplicada em diversos produtos ou processos industriais, de mineração, como por exemplo: adesivos, tintas e vernizes, pigmentos, resinas, barbotina e esmaltes cerâmicos, lodos industriais, efluentes, combustíveis, óleos, hidrocarbonetos, solventes, sangue, amônia, shampoo, detergentes, terra diatomácea, polpa de minério, reagentes, dentre outros produtos. Equipamentos especiais para as áreas alimentícias e farmacêuticas (bombas sanitárias) no bombeamento de extrato de tomate, iogurtes, sucos, polpas, lecitina, medicamentos, cremes e cosméticos, entre outros. Salientamos uma aplicação exclusiva em equipamentos de filtragem “FILTRO PRENSA”, o qual necessita de pressão elevada e quando saturado não coloca a bomba de alimentação em risco, já que esta tecnologia pode permanecer pressurizada por um longo período de tempo.


Princípio de Funcionamento:

O bloco central possui uma válvula de ar que direciona o ar comprimido, pressurizando inicialmente um dos diafragmas (câmara B), que por sua vez impulsiona o fluido que está na câmara à sua frente (câmara de líquido). O fluido é impulsionado para cima, devido à ação dos conjuntos esfera/assento, sendo direcionado para a saída através dos coletores (manifoalds), enquanto isso o outro diafragma é puxado para trás pelo eixo que interliga os diafragmas, succionando o fluido para dentro da outra câmara de bombeamento (câmara A). Quando os diafragmas completam seu curso, a válvula pressuriza a câmara do diafragma oposto, gerando o mesmo processo já descrito acima. O movimento alternado dos diafragmas executa o bombeamento, com um fluxo pulsante.

Características Técnicas:

Vazões de até 59,0 m³/h (p/ água), pressões de recalque que variam entre 7,0 bar (bombas plásticas), 8,5 bar (bombas metálicas) e podendo chegar até 14,0 bar (bombas de alta pressão). Os materiais construtivos podem ser: Metálicos, como: Alumínio, Ferro Fundido, Aço Inox e Hastelloy e os Termoplásticos, Polipropileno e Kynar. Os elastômeros dos componentes internos podem ser: XL (composto de polipropileno), Buna'n, Viton, Hytrel, Neoprene, Nordel (EPDM) e PTFE. As bombas pneumáticas são autoaspirantes e autoescorvantes com capacidade de aspirar os produtos a uma profundidade de 7,5 metros. A vazão do produto bombeado pode ser ajustada através do ar comprimido. Esta tecnologia permite a operação a seco, sem danificar os componentes internos das bombas. Admitem partículas sólidas de até Ø 18 mm. Já as bombas tipo FLAP, são ideais para bombear sólidos com tamanhos de até Ø 75 mm ou também produtos com altas concentrações de particulado (ex: polpa de minério, barbotina, etc.). Podem operar com a descarga fechada (pressurizada) sem quaisquer danos, dispensando o uso de acessórios de segurança como válvulas de alívio, sensores, pressostatos, dentre outros. Por ser uma bomba HERMÉTICA, dispensa o uso de selos mecânicos ou gaxetas. Ideal para processos com produtos corrosivos, inflamáveis, tóxicos, viscosos, sensíveis, degradáveis e somente pó, como cimento, talco, etc. (OBS – menos para produtos higroscópicos). Possuem baixo índice de manutenção e simplicidade na substituição dos componentes Kop kit.


Abaixo segue vídeo do Funcionamento interno:


Abaixo vídeo funcionamento e sua aplicação na drenagem de poços do sistema de extração de cinzas no Complexo Termelétrico Jorge Lacerda:




 Alunos: Bruno Martins Medeiros, Raí Mendonça
Referências:


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