Bombas pneumáticas
As bombas pneumáticas de diafragma são bombas de
deslocamento positivo, não precisa de sistemas de segurança, são projetadas
para pararem automaticamente quando se atinge a pressão regulada na linha de
ar. As bombas pneumáticas de diafragma são utilizadas para o bombeamento de
diversos produtos, corrosivos, derivados de petróleo, produtos viscosos, dentre
outros.
Mostraremos seu funcionamento e sua aplicação na drenagem de
poços do sistema de extração de cinzas no Complexo Termelétrico Jorge Lacerda,
Capivari de Baixo – SC, onde as bombas elétricas de drenagem foram substituídas
por bombas pneumáticas como solução encontrada pela Engenharia juntamente com o
setor de Segurança do trabalho para eliminar o risco de choque elétrico.
Aplicação:
Esta tecnologia pode ser aplicada em diversos
produtos ou processos industriais, de mineração, como por exemplo: adesivos,
tintas e vernizes, pigmentos, resinas, barbotina e esmaltes cerâmicos, lodos
industriais, efluentes, combustíveis, óleos, hidrocarbonetos, solventes,
sangue, amônia, shampoo, detergentes, terra diatomácea, polpa de minério,
reagentes, dentre outros produtos. Equipamentos especiais para as áreas
alimentícias e farmacêuticas (bombas sanitárias) no bombeamento de extrato de
tomate, iogurtes, sucos, polpas, lecitina, medicamentos, cremes e cosméticos,
entre outros. Salientamos uma aplicação exclusiva em equipamentos de filtragem
“FILTRO PRENSA”, o qual necessita de pressão elevada e quando saturado não
coloca a bomba de alimentação em risco, já que esta tecnologia pode permanecer
pressurizada por um longo período de tempo.
Princípio de Funcionamento:
O bloco central possui uma válvula de ar que direciona o ar
comprimido, pressurizando inicialmente um dos diafragmas (câmara B), que por
sua vez impulsiona o fluido que está na câmara à sua frente (câmara de
líquido). O fluido é impulsionado para cima, devido à ação dos conjuntos
esfera/assento, sendo direcionado para a saída através dos coletores
(manifoalds), enquanto isso o outro diafragma é puxado para trás pelo eixo que
interliga os diafragmas, succionando o fluido para dentro da outra câmara de
bombeamento (câmara A). Quando os diafragmas completam seu curso, a válvula
pressuriza a câmara do diafragma oposto, gerando o mesmo processo já descrito
acima. O movimento alternado dos diafragmas executa o bombeamento, com um fluxo
pulsante.
Características Técnicas:
Vazões de até 59,0 m³/h (p/ água), pressões de recalque que
variam entre 7,0 bar (bombas plásticas), 8,5 bar (bombas metálicas) e podendo
chegar até 14,0 bar (bombas de alta pressão). Os materiais construtivos podem
ser: Metálicos, como: Alumínio, Ferro Fundido, Aço Inox e Hastelloy e os
Termoplásticos, Polipropileno e Kynar. Os elastômeros dos componentes internos
podem ser: XL (composto de polipropileno), Buna'n, Viton, Hytrel, Neoprene,
Nordel (EPDM) e PTFE. As bombas pneumáticas são autoaspirantes e
autoescorvantes com capacidade de aspirar os produtos a uma profundidade de 7,5
metros. A vazão do produto bombeado pode ser ajustada através do ar comprimido.
Esta tecnologia permite a operação a seco, sem danificar os componentes
internos das bombas. Admitem partículas sólidas de até Ø 18 mm. Já as bombas
tipo FLAP, são ideais para bombear sólidos com tamanhos de até Ø 75 mm ou também
produtos com altas concentrações de particulado (ex: polpa de minério,
barbotina, etc.). Podem operar com a descarga fechada (pressurizada) sem
quaisquer danos, dispensando o uso de acessórios de segurança como válvulas de
alívio, sensores, pressostatos, dentre outros. Por ser uma bomba HERMÉTICA,
dispensa o uso de selos mecânicos ou gaxetas. Ideal para processos com produtos
corrosivos, inflamáveis, tóxicos, viscosos, sensíveis, degradáveis e somente
pó, como cimento, talco, etc. (OBS – menos para produtos higroscópicos).
Possuem baixo índice de manutenção e simplicidade na substituição dos
componentes Kop kit.
Abaixo segue vídeo do Funcionamento interno:
Abaixo vídeo funcionamento e sua aplicação na drenagem de poços do sistema de extração de cinzas no Complexo Termelétrico Jorge Lacerda:
Referências:
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