O trem utiliza como combustível gás
hidrogênio (H2), que fica armazenado em reservatórios no seu teto. Quando esse
hidrogênio se combina com o gás oxigênio (O2) presente no ar, ocorre
uma reação exotérmica (que libera energia), gerando água líquida, que também é
armazenada no teto do trem.
Porém, células de hidrogênio não são a
única fonte de energia do trem, que também possui baterias de íon-lítio que
conseguem armazenar energia. A energia das células é usada durante a
aceleração, já as baterias são carregadas com a energia que sobra das células e
quando o trem freia. As baterias usam sua energia em momentos de aceleração
mais leve, o que ajuda a economizar combustível.
De acordo com a fabricante, Alstom, os
trens de baixo ruído têm emissão zero de poluentes relacionadas à propulsão,
devido à conversão dos elementos químicos, e podendo alcançar uma velocidade de
até 140 km/h.
Estes trens são abastecidos em uma estação
móvel de hidrogênio, que substituirão os movidos a diesel. O hidrogênio é
bombeado em estado gasoso para dentro dos trens a partir de um contêiner de
aço, que fica próximo aos trilhos de uma das estações e produz energia elétrica
para a tração da locomotiva.
Inicialmente, o trem tem capacidade para
levar 300 passageiros, e possui 150 assentos.
A Alstom assinou contrato para a entrega
de 14 trens de célula de combustível de hidrogênio, 30 anos de manutenção e
fornecimento de energia com o setor de transportes da Baixa Saxônia (Alemanha).
No mundo todo, buscam-se novas alternativas (mais verdes e sustentáveis) para o transporte público urbano. Desde 2015 o metrô de Londres recicla a energia gerada pelos freios dos vagões. Já na Holanda, a partir deste ano, todos os metrôs do país são movidos somente com energia eólica.
No mundo todo, buscam-se novas alternativas (mais verdes e sustentáveis) para o transporte público urbano. Desde 2015 o metrô de Londres recicla a energia gerada pelos freios dos vagões. Já na Holanda, a partir deste ano, todos os metrôs do país são movidos somente com energia eólica.
Funcionamento da Célula Combustível
As células combustíveis
são células galvânicas onde a energia de Gibbs de uma reação química é
transformada em energia elétrica (por meio da geração de uma corrente). Atualmente,
o único combustível que proporciona correntes de interesse prático é o
hidrogênio, porém já existem células que utilizam diretamente metanol como
combustível.
Basicamente elas
funcionam do seguinte modo: a célula unitária consiste em dois eletrodos
porosos, cuja composição depende do tipo de célula, separados por um eletrólito
e conectados por meio de um circuito externo.
Os eletrodos são expostos
a um fluxo de gás (ou líquido) para suprir os reagentes (o combustível e o
oxidante). Um esquema de uma célula combustível hidrogênio/ oxigênio é
apresentado na figura abaixo:
O hidrogênio gasoso
(o combustível) penetra através da estrutura porosa do ânodo, dissolve-se no
eletrólito e reage nos sítios ativos da superfície do eletrodo, liberando
elétrons e formando prótons (H+). Os elétrons liberados na oxidação do
hidrogênio chegam ao cátodo por meio do circuito externo e ali participam da
reação de redução do oxigênio. Os prótons formados no ânodo são transportados
ao cátodo, onde reagem formando o produto da reação global da célula combustível:
água.
Assim, a reação que
ocorre no ânodo é a oxidação de hidrogênio, já a reação no cátodo é a redução
de oxigênio, usualmente do ar.
Autores: Alice Antunes da Silva e Pedro Henrique Buss Rodrigues
Referências:
·
https://sobretrilhos.blogfolha.uol.com.br/2018/09/19/alemanha-estreia-trem-movido-a-celula-de-hidrogenio-saiba-como-ele-funciona/
·
https://olhardigital.com.br/noticia/alstom-apresenta-trem-movido-a-hidrogenio-que-deve-comecar-a-operar-em-2017/62387
·
http://www.usp.br/portalbiossistemas/?p=4316
Sugestões de Vídeos:
·
https://www.youtube.com/watch?v=S6uVZzqsKd8
·
https://www.youtube.com/watch?v=O3bUE9uHkqM&feature=youtu.be
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