domingo, 9 de junho de 2013

Forças ocultas

 
 

Antigamente os projetos eram desenvolvidos de maneira empírica e era mais difícil avaliar o resultado das soluções encontradas para trens, carros, aviões e outros meios de transporte. Com o passar do tempo e a disseminação dos túneis de vento, que permitiram simular condições de uso em laboratório, a aerodinâmica evoluiu rapidamente.

Segundo especialistas, o ar pode responder por até 70% das forças que se opõem ao deslocamento. Essa interferência varia de acordo com as características dos carros e com a velocidade. No trânsito urbano, a resistência do ar é nula. Nas estradas, ela se manifesta com maior intensidade.

A influência do ar em função das características dos veículos é representada por um índice conhecido como coeficiente de arrasto (Cx). Pesquisas apontam que a cada 0,01 ganho nesse índice, cerca de 40 ml de combustível são economizados e 1 grama de CO2 deixa de ser emitido, isso em um trajeto de 100 km, a uma velocidade de 130 km/h.

CURIOSIDADES:

Qual seria o campeão em aerodinâmica: num hatch popular ou em um F-1?

A resposta correta é um Hatch popular: o Cx de um hatch de rua fica em torno de 0,30, enquanto o de um F-1 é de 1,2.

PERSIANA




O ideal seria a dianteira totalmente fechada, para facilitar a passagem do ar pela carroceria. Mas o motor precisa de refrigeração. A solução encontrada pela RAM, na picape 1500, é uma grade que varia sua abertura de acordo com as condições de uso do carro e de trabalho do motor. Segundo a Ford, esse recurso melhora em até 6% a aerodinâmica.

DE PASSAGEM



O fechamento da parte inferior do carro permite que o ar passe livremente, sob o assoalho, sem encontrar nichos e ressaltos que perturbem seu caminho. O novo Chevrolet Malibu tem sua área inferior quase totalmente revestida por placas de plástico que, segundo a GM, melhoraram o Cx do sedã em 0,01, gerando uma redução média de 0,17 km/l no consumo de combustível.

AR ENCANADO



Estes são lugares propícios ao surgimento de turbulência que dificulta o deslocamento do veículo. Pensando em canalizar o ar nessa região, a Mercedes dotou o hatch Classe A de uma peça plástica, que trabalha como um spoiler, na parte inferior do carro, organizando o fluxo próximo às rodas.

ASA DO BESOURO



A traseira é outro ponto de turbulência, que tende a frear o carro. Os aerofólios servem para minimizar esse efeito, diminuindo a turbulência, como é o caso do novo VW Fusca. Mas, ao contrário do que ocorre com os carros de competição, o benefício dessas asas em modelos de passeio é controverso, uma vez que sua influência só seria sentida em altas velocidades.

ARRASTÃO




Pequenos ressaltos em locais estratégicos, como no para-choque dianteiro e nas extremidades da carroceria, podem ajudar bastante a reduzir o arrasto de um automóvel. Segundo a Ford, graças a esses recursos, ela conseguiu melhorar 11% o Cx do novo EcoSport, em comparação ao antecessor, alcançando o índice de 0,37, ante o 0,41 do anterior.

RODA LIVRE


O conjunto de roda/caixa de roda é responsável por cerca de 30% de todo o arrasto gerado por um carro, segundo a BMW. Para diminuir esse índice, a fabricante desenha rodas, com raios mais largos e pontas trabalhadas, que lembram o desenho de hélices, para fazer com que o ar atravesse a lateral do carro suavemente, minimizando o aparecimento de vibrações.

Fonte: Revista Quatro Rodas.

EQUIPE: DOUGLAS LUIZ COELHO
                  MARIANE BARRETO ORLANDI
                  THAYSE LAURENTINO ROSA

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