Iremos abordar um pouco sobre a equação de Hazen Williams utilizada frequentemente por Engenheiros Civis para determinação da perda de carga.
Porem existem limitações para o uso da mesma,e é sobre isso que iremos demonstrar
.
As perdas de carga são perdas de energia
hidráulica devidas à viscosidade do fluido e ao seu atrito com as
paredes internas das tubulações. Dentre as suas principais consequência
pode-se citar:
- uma queda de pressão global;
- um gasto de energia suplementar com bombeamento, no recalque.
Um dos métodos frequentemente utilizados
para estimar as perdas de cargas distribuídas é através da Equação de
Hazen-Williams. Uma das principais vantagens deste método é a sua
simplicidade, quando comparado a outros métodos.Por outro lado, ele não considera os efeitos da variação da temperatura
e viscosidade do fluido.
O Coeficiente de rugosidade ''C'' é encontrado por tabelas que fornecem esse dado.
No entanto, esta fórmula é restrita apenas para algumas condições, como observado por Christensen (2000).
pode-se observar que a equação de Hazen-Williams é válida apenas para
escoamentos com alto Número de Reynolds (Re) e tubos consideravelmente
rugosos. Desta forma, pode-se dizer que a equação de Hazen-Williams é
mais adequada para tubos com grandes diâmetros.Ao rever os dados usados por Hazen e Williams, Bombardelli e García verificaram que a maioria dos tubos usados na obtenção da equação apresentavam diâmetros abaixo de 1,78 metros (70 pol.) e análises realizadas por Diskin (1960) demonstram que a equação de Hazen-Williams é adequada apenas para C > 100, como se pode ver pela figura acima. Isso pode ter representado um grande problema para o projeto do caso de estudo, uma vez que o diâmetro do tubo era de 2,29 metros e 85 < C < 95.
O caso apresentado acima, relacionado à
um sistema com tubos de grandes diâmetros, foi um exemplo de um mal uso
da equação de Hazen-Williams fora da região que ela realmente é válida. O
escoamento em operação se situava em um regime totalmente turbulento.
Quando a demanda aumentou, a operação contínua gerou um aumento da
rugosidade equivalente, portanto os pontos de operação ficaram longe do
regime de transição. Portanto, qualquer uso futuro da equação de
Hazen-Williams para a verificação da perda de carga no sistema não tem
significado. Com base nisso, Bombardelli e García recomendam fortemente o
uso da equação de Darcy-Weisbach, que inclui todos os regimes de
escoamento.
Ou seja recomenda-se o uso da fórmula de Hazen-Williams apenas quando o fluído em questão for a água(H2O) e quando forem utilizadas tubulações com grandes dimensões.Alunos: Raphael S.Gomes
Henrique G. Mendes
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