sábado, 29 de outubro de 2016

A FALTA DE ÁGUA: FORMAS DE ATENDIMENTO PARA COMUNINADADES SEM ÁGUA

Por: Súvila Janine Vieira


Resumo: Segundo estatísticas, possivelmente 70% da superfície do planeta são constituídos de água, sendo a sua maior parte de água salgada e apenas 2,5% de água doce, ainda estatisticamente pode-se dizer que desses 2,5%, quase 98% estão “escondidos” na forma de água subterrânea, ou seja, a maior parte da água facilmente disponível e própria para consumo é mínima perto da quantidade total de água existente na Terra.
Sabe-se que tudo o que fazemos depende de água, para vivermos precisamos de água, no entanto, nós seres humanos continuamos poluindo os rios e destruindo as nascentes, esquecendo o quanto ela é essencial para as nossas vidas.
O Brasil é um país privilegiado no que diz respeito à quantidade de água. Tem a maior reserva de água doce da Terra, ou seja, 12% do total mundial. Sua distribuição, porém, não é uniforme em todo o território nacional. A Amazônia, por exemplo, é uma região que detém a maior bacia fluvial do mundo. O volume de água do rio Amazonas é o maior de todos os rios do globo, sendo considerado um rio essencial para o planeta Terra.
Porém, ainda assim com toda essa quantidade de água no Brasil, muito se ouve falar em “seca”.  O maior problema de escassez ainda é no Nordeste, onde há falta de água por longos períodos.
Os rios e lagos brasileiro vêm sendo comprometidos pela queda de qualidade da água disponível para captação e tratamento, fazendo da água cada vez mais escassa e rara, um bom exemplo disso é o caso do rompimento da barragem em Mariana, que polui boa parte das águas ao redor, tornando impróprias para consumo, além de matar muitas espécies.


1 A Escassez de Água no brasil


1.1 Por que falta água?
É preciso entender a questão demográfica. A maior parte da população brasileira não reside nos pontos onde a água encontra-se disponível de forma mais abundante, pois há uma concentração populacional muito elevada nas regiões Sudeste e Nordeste, respectivamente. Curiosamente, são essas as regiões cujos estados possuem os maiores históricos de secas e escassez de água ao longo do tempo.
Esse panorama contribui consideravelmente para o problema em questão, haja vista que a exploração dos recursos hídricos da Amazônia é totalmente inviável em virtude dos grandes custos de transporte e também pelos iminentes impactos naturais, que podem comprometer as reservas de água então disponíveis.
Mas isso não é tudo para entender a escassez de água no Brasil. Existem também as questões referentes à utilização e gestão dos recursos hídricos no país.
Pela Constituição Federal de 1988, cabe aos governos estaduais a missão de gerir e administrar a captação e distribuição de água, embora o governo federal também precise atuar por intermédio do fornecimento de verbas públicas e obras interestaduais. Nesse sentido, alguns governos, por questões administrativas ou até políticas, podem apresentar algumas falhas, principalmente no que se refere ao planejamento no manejo dos recursos hídricos.
No Brasil, atualmente, o estado que vem passando por maiores dificuldades é São Paulo, o que vem atraindo uma grande atenção da mídia, pois a capital paulista, que é a área mais povoada do país, é a protagonista desse cenário. Nesse caso, uma seca total pode afetar a vida de dezenas de milhões de pessoas. O reservatório do Sistema Cantareira, o principal da cidade, vem apresentando sucessivos recordes de baixas em seu volume, o que torna o contexto em questão ainda mais desfavorável.
Além da má distribuição dos recursos hídricos e dos problemas de gestão no território nacional, o problema da escassez de água no Brasil também se dá pelas recentes secas que vêm afetando o país. Nos últimos anos, principalmente em 2014, os níveis de precipitação ficaram muito abaixo do esperado, por isso, os reservatórios em todo país mantiveram baixas históricas, principalmente na região Sudeste.
Vale lembrar, afinal, que a falta de água no Brasil não afeta somente a disponibilidade de água tratada nas residências. As indústrias e a agricultura (os principais consumidores) são os setores que mais poderão sofrer com o problema, o que pode acarretar impactos na economia como um todo – lembrando que a maior parte das indústrias do país está justamente na região Sudeste. Além disso, o principal modal energético do país é o hidrelétrico, que possui como ponto negativo justamente a dependência em relação à disponibilidade, de modo que uma seca extrema pode levar o país a um novo racionamento de energia, tal qual o ocorrido em 2001.


3 Combate ao Desperdício

O investimento em técnicas mais eficientes de irrigação e o desenvolvimento de sistemas sanitários mais modernos, como descargas mais econômicas, são etapas importantes no combate ao desperdício. Mas um dos primeiros passos é fiscalizar melhor o sistema de coleta e distribuição de água. No Brasil, cerca de 40% da água tratada por esse sistema acaba perdida antes de chegar à população por vazamentos nos canos, ligações clandestinas e redes com defeitos por falta de manutenção. É uma perda muito acima do considerado adequado. A meta do Plano Nacional de Saneamento, definido em junho de 2013, é que o Brasil diminua esse índice de perdas na distribuição de água para 31% até 2033. Mas ainda é um número bem modesto: em algumas cidades da Alemanha e do Japão, esse índice é de apenas 11%. Na Austrália, que passou por um período histórico de secas, a média sobe para 16%, ainda bem menos que a gente. A solução seria instalar sistemas computadorizados que identifiquem vazamentos rapidamente e permitam sua correção em pouco tempo. Para Glauco Kimura de Freitas, da ONG WWF Brasil, as agências reguladoras deveriam criar incentivos e certificações de boas práticas para empresas de esgoto que melhorem seus sistemas.
Outro passo importante seria a individualização da hidrometria. Se você mora em prédio, já percebeu que não dá pra saber exatamente quanta água você consome por mês. Com a implantação de um marcador de água para cada apartamento, seria possível ter uma noção real do próprio gasto. E, principalmente, do próprio desperdício.
PRÒS:
Usar a água com consciência é a solução mais sustentável para a crise porque não afeta o meio ambiente e garante recursos suficientes para o futuro. Evitar o desperdício é uma atitude que deve ser adotada o tempo todo, não só em períodos de crise: somos nós que devemos nos adaptar as condições do meio ambiente e não ao contrário.
CONTRAS:
Apesar de ser a solução mais fácil de ser aplicada na teoria, é difícil de ser colocada em prática porque mexe diretamente na rotina das pessoas e na forma de operação das empresas. Existe também a falta de melhoras a gestão dos recursos hídricos.

3 Driblando a falta de água

Atualmente os paulistas convivem com uma estranha e desconfortável situação. As tão esperadas chuvas de verão vieram, mas à custa de ruas alagadas, semáforos quebrados e centenas de árvores derrubadas, principalmente na região metropolitana da capital. Os mananciais, entretanto, continuam com seus estoques de água abaixo das cotas mais confortáveis para o abastecimento. Os níveis dos sistemas Cantareira e Alto Tietê, no máximo, estancaram as quedas no volume de água.
Pela primeira vez o governador Geraldo Alckmin admitiu, nesta semana, que São Paulo vive um racionamento de água desde o ano passado. Já o novo presidente da Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp), Jerson Kelman, em sua posse no início de janeiro, reconheceu que a coisa está feia: “Seria irresponsabilidade, no quadro em que a gente está hoje, olhar para frente com otimismo. Temos que estar preparados para o pior”. E emendou: “Inescapavelmente teremos algum tipo de sofrimento pela população”.
Se não é possível contar com os governantes para ter água em casa está na hora do cidadão se virar como pode. Uma solução – ou um paliativo eficiente e de baixo custo para a crise hídrica – pode estar em uma velha conhecida do povo nordestino, calejado com os longos períodos de estiagem que castigam a região do semiárido: a cisterna.
Nada mais é que um reservatório domiciliar que capta e armazena as águas das chuvas. Nas cidades do sertão nordestino castigadas pela falta das chuvas elas são a salvação da lavoura para o abastecimento diário de muitas famílias.
Tanto que, em tempos de mudanças climáticas, outras regiões já estão adotando o uso de grandes cisternas coletivas. É o caso de Mato Grosso, Bahia e do norte de Minas Gerais.
O governo federal também tem financiado a construção de reservatórios por meio do programa “Água para todos”, do Ministério da Integração Social.
O balanço dá conta de que no período entre 2011 e 2014 mais de R$ 6 bilhões foram investidos na instalação de cerca de 750 mil cisternas em 1 200 municípios do Norte e Nordeste. Nada menos que cinco milhões de pessoas foram beneficiadas.
Imagine quanta água poderia ser aproveitada nas residências do Sudeste com as chuvas que estão desabando sobre a região nas últimas semanas e não conseguem encher os mananciais?
Na capital paulista existe um grupo independente cuja missão é difundir a ideia de recolher, tratar e utilizar as águas que caem do céu: o Movimento Cisterna Já. Ele foi criado por ativistas preocupados em disseminar ações sustentáveis e humanizadoras entre os moradores das grandes cidades.
Montar e instalar minicisternas residenciais não requer muito dinheiro, nem tampouco habilidade para quem já é iniciado em pequenos consertos domésticos. Nem ao menos ocupa espaço no quintal ou na área de serviço. Para começar, são necessários itens simples encontrados em qualquer casa de material de construção: bombonas de plástico, tubos de PVC, peneiras, filtros, torneiras e um punhado de cloro.
Com tudo instalado em casa, a água das chuvas recolhida pelo equipamento – diretamente das calhas do telhado – servirá para fazer a faxina geral domiciliar, lavar o carro, dar descarga no vaso sanitário e também para molhar as plantas.
Todas estas tarefas representam a metade do que é gasto de água mensalmente em uma residência. A água das chuvas captada só não é recomendada para beber, mesmo com a adição de cloro e com os filtros.




4 CONCLUSÃO
Tendo em vista que a cada ano que passa a água se vê cada vez mais escassa no país e no mundo, muitos foram as formas e “projetos” para se adaptar a essa falta, e saber conviver e se manter vivo “sem” esse precioso liquido, que nos é tão necessário para viver.
Diversas já foram as formas de tentar conscientizar a população a poupar água e evitar seu desperdício, mas vivemos em uma realidade que nos mostra que tudo cai em vão, já que o ser humano a cada dia que passa, esbanja mais e mais daquilo que  um dia pode vir a lhe faltar.
A verdade é que, no Brasil o governo pouco se interessa por questões que são de altíssima importância e que deveriam ganhar maior atenção, o povo esta cada vez sofrendo mais as conseqüências de sua falta de “responsabilidade”, e da falta de credibilidade do governo.
A conclusão que tirasse é que a humanidade apenas vai acordar quando já for tarde demais e que possivelmente, no futuro, já não brigaremos apenas por capital, por bens de consumo ou petróleo, mas brigaremos também por água, pois esse será um elemento raro no planeta

PENA, Rodolfo Alves. Escassez de água no Brasil. Disponível em: .
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