quinta-feira, 27 de outubro de 2016

CANAL DO PANAMÁ: UM ATALHO ENTRE DOIS OCEANO (Elaborado por: Emanuel, Fernando Mariano, Rogerio Paes, Jessica Alexandre)

A Ponte Rio-Niterói é considerada uma grande economia para a circulação de mercadorias e pessoas pela Baía de Guanabara, pois antes todos precisavam circundar toda a baía para dar continuidade a uma viagem pela costa. Após a construção da ponte, esse caminho diminui de 100 km para cerca de 15 km, uma redução de 85km. É um atalho maravilhoso, certo?
Agora imagine se você pudesse economizar 12.530km!! Isso sim é um atalho…
Essa redução é resultado da comparação do percurso necessário para se navegar entre as cidades de New York, no Oceano Atlântico, e San Francisco, no Oceano Pacífico, considerando antes e depois da construção do Canal do Panamá.
Possíveis rotas entre as cidades de New York e San Francisco 

Esse pequeno corte na América Central permitiu uma extraordinária redução nos custos de transporte em rotas importantes. A sua construção é considerada uma das maiores obras humanas no planeta e o sonho de unir os oceanos Atlântico e Pacífico já existia desde o século XVI, mais especificamente em 1513, quando Vasco Nuñez de Balboa cruzou a “pequena” faixa de terra que separava os continentes, conhecido como Isthmus do Panamá.
Foi então que Carlos I, Rei de Espanha e Imperador do Sacro Império Romano (como Carlos V), inicia um movimento para construir uma passagem através do Isthmus. Em 1534, uma campanha foi instaurada para buscar uma rota através do Rio Chagres. Ao final da campanha, foi reconhecido que ninguém seria capaz de executar tal tarefa!

No final do Século XIX, a França começa a estudar alternativas para traçado do canal através da América Central e em 10 de janeiro de 1880 tinha início os trabalhos de escavação do projeto francês. Depois de muitas dificuldades e mortes, estimadas em mais de 22.000 pessoas, os franceses desistem do projeto e em um acordo com os Estados Unidos da América, cedem o projeto aos norte americanos, por US$40.000.000.

Assim como ocorreu com os franceses, muitas mortes aconteceram durante a construção do canal pelos norte americanos. Com um custo total de US$ 375 milhões, a primeira embarcação a atravessar oficialmente o canal foi a SS Ancon, em 15 de agosto de 1914.
O Canal do Panamá tem aproximadamente 80km de extensão, entre os oceanos Atlântico e Pacífico, ultrapassando um desnível de 26 metros, que é o nível do Lago de Gatum. Para vencer esse desnível, as embarcações navegam por três sistemas de eclusas.
Como a Eclusa funciona


Ela atua como um verdadeiro elevador aquático, ajudando navios a transpor rios ou canais onde existe desnível no terreno. Esse desnível pode ser provocado pela construção de uma barragem ou uma hidrelétrica, por exemplo. A eclusa nada mais é que uma grande câmara de concreto com dois enormes portões de aço. Depois que o navio entra, os portões são fechados. Quando a embarcação passa do ponto mais baixo para o mais alto, a água entra e eleva o navio. Quando o caminho é o inverso, a água escoa e a embarcação desce. O truque desse estranho elevador é a tubulação por onde a água entra e sai. “O segredo está nas válvulas. A eclusa funciona sem necessidade de bombas e nenhuma energia é gasta para erguer o navio. Tudo é feito aproveitando o peso da própria água”, afirma o engenheiro naval Carlos Daher Padovezi, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), em São Paulo.
O princípio é antigo. As eclusas já eram usadas pelos chineses no século VII. E eles viraram mestres no assunto, tanto que a atual construção, no rio Iangtsé, da hidrelétrica de Três Gargantas (que será a maior do mundo) inclui uma eclusa gigantesca. Para vencer um desnível de 113 metros, os barcos subirão uma altura igual à de um prédio de 50 andares!
Navio navegando através da eclusa de Miraflores

Eclusa de Miraflores, onde os turistas podem acompanhar a passagem dos navios.

As dimensões máximas dos navios que podem atravessar o Canal do Panamá são 32,3m de largura por 294,1m de extensão, dependendo do tipo da embarcação, com um calado de 12,04m.
Dimensões da eclusa 
Essas medidas deram o padrão para a construção dos navios chamados Panamax, que são embarcações dentro desses limites. Porém, com o desenvolvimento da indústria naval, os estaleiros fabricam navios bem maiores que isso, os quais não podem navegar pelo atalho das Américas, conhecidos como pós-Panamax são principalmente transportadores de petróleo, minérios, carvão e grandes navios de contêineres.






REFERENCIAS

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