TUBO DE PITOT
História
O tubo de Pitot foi inventado por Henri de Pitot (1695-1771), físico e engenheiro naval francês de Aramon, na região francesa de Gard, sudoeste do país, especialista em drenagens, construção de aquedutos como o que projetou e construiu em Montpelier (1760), canais abertos. E criador do medidor hidrodinâmico tubo de Pitot (1732). Tornou-se membro da Royal Society of London e da Académie des Sciences, onde publicou vários trabalhos sobre hidráulica, estruturas, geodésia, astronomia, matemática, saneamento, etc. Desenvolveu investigações científicas sobre as bombas e o rendimento das máquinas hidráulicas que trouxeram grandes contribuições para a termodinâmica e a hidrodinâmica.OO que é
O Tubo de Pitot é um tubo com uma abertura em sua extremidade, sendo
esta, colocada na direção da corrente fluida de um duto, mas em sentido
contrário. A diferença entre a pressão total e a pressão estática da linha nos
fornecerá a pressão dinâmica a qual é proporcional ao quadrado da velocidade.
Funcionamento
O tubo de Pitot funciona basicamente como um medidor de pressão
diferencial, necessitando para isso, possuir duas pressões bem definidas e
comparadas. A primeira fonte de pressão do sistema é a pressão de impacto,
podendo ser chamada também de pressão total ou pressão de estagnação, sendo
esta pressão a soma da pressão estática com a pressão dinâmica. A sua medição
é feita através de uma tomada de pressão, a
qual é voltada contra o escoamento e alinhada com as linhas de corrente, com o intuito de receber o impacto do fluído, encontrando-se na extremidade do tubo de Pitot. •A segunda tomada de pressão é a pressão estática, que
pode ou não ser apoderada na mesma localidade do Tubo de Pitot. Geralmente
essa expugnação localiza-se nas proximidades da tomada de pressão de impacto,
se não, no mesmo corpo do Tubo de Pitot, porém podendo estar locada em uma posição totalmente
distinta da apreensão de pressão de impacto. Encontra-se sua proporção através
do uso de um pequeno orifício executado na parede da tubulação ou de outra
superfície alinhada com o escoamento, cuidando para que esta medição altere o mínimo
possível o movimento do fluído. A tomada de pressão estática precisa estar localizada numa posição de ângulo reto ao fluxo laminar do fluido, para melhor precisão. Possuindo os resultados das diferenças das pressões
encontradas, tem-se a pressão dinâmica, ou seja, é a pressão derivada da
conversão da energia cinética do fluído em pressão, através da desaceleração isentrópica do mesmo. Conhecendo essa pressão e a densidade do fluido, é possível obter a velocidade do mesmo, através
de equações convenientes. Em geral o tubo de Pitot encontra-se em áreas de fluxo laminar, sem muita
perturbação ou turbilhonamento. Na placa de
orifício à medida que o fluido se aproxima da placa há um ligeiro aumento na
pressão, após a passagem pelo orifício há uma súbita queda. Esta pressão
continua a cair até atingir um ponto de tensão mínima chamada “vena contracta”, logo a
mesma começa a subir até atingir a pressão máxima após a placa. Essa pressão
será sempre menor que a pressão anterior da placa, porém a diferença entre elas
é chamada de “perda de carga” e é importante para dimensioná-lo bombas e
outros elementos da tubulação, o
que também significa energia perdida devido
à restrição imposta na linha pela
placa. Quando atravessada no orifício, a redução da pressão é resultado do aumento em sua velocidade, o qual passa pela área reduzida. O fluido que
está escoando através da área da tubulação tende a querer passar pelo orifício que possui área menor, assim o fluido é “acelerado”, o
que causa a queda de pressão. Percebe-se neste método que à medida que a vazão no
tubo aumenta, a diferença da pressão medida antes e depois da placa (pressão
diferencial) também aumenta, sendo que essa pressão diferencial é proporcional
ao quadrado da velocidade do fluido. Supondo que todos os outros fatores
permaneçam constantes, tais como a área do tubo, área do orifício, viscosidade
do fluido etc, pode-se
verificar que a P é proporcional ao quadrado da vazão.
Aplicações
Atualmente o tubo de Pitot possui inúmeras aplicações, entre elas: aviação, náutica, aeromodelismo, vazão de fluxo em tubulações industriais, estudos relacionados aos fluidos, medição de temperatura (com o aparato necessário), simples medição de pressões, altitudes, velocidades, e também auxiliando pesquisas meteorológicas.Aviação e o Tubo de Pitot
A aviação, este tipo de aplicação tem sido citada
frequentemente em jornais e outros meios, devido ao recente acidente do Air
France. O tubo de Pitot utilizado em
aviões tem a função de medir a velocidade dos mesmos, baseando-se na diferença
de pressão. A aplicação depende da velocidade do avião e a pressão exercida no
tubo, ou seja, conforme a velocidade do
avião aumenta ou diminui, atua-se
diretamente na pressão total
localizada na entrada do tubo,
causando a aplicação de uma força na coluna do líquido
provocando a diferença de altura “h”. Com isto é possível indicar e identificar a velocidade do avião.
Método e equipamento utilizado
O medidor de pressão diferencial utilizado foi um tubo em U, justamente
por ser muito simples e de funcionamento facilmente compreendido. Através da diferença de altura entre as colunas do fluido interno ao tubo em U, pode-se
calcular a pressão diferencial e a começar a calcular a velocidade do fluido
que está em movimento, neste caso o ar. Utiliza-se a equação de Bernouli para fluidos incompressíveis, uma vez que a
velocidade do fluido a ser medida é baixa. O medidor de pressão consiste de um
ventilador, com a finalidade de direcionar o fluxo de ar, existindo no centro
do canal duas extremidades do Tubo de Pitot. O fluido a ser colocado dentro do tubo em U deve ser de
densidade e viscosidade conhecidas. Quanto maior a densidade do fluido menor a
sensibilidade da escala, e quanto menor a densidade do fluido mais sensível
será a escala. Para se conhecer a velocidade do fluido, primeiramente
deve-se encontrar a pressão diferencial, a qual é encontrada através da medida
da diferença de altura, em milímetros, entre as colunas do tubo em U. Como já
citado anteriormente, é necessário conhecer a densidade e a viscosidade do
fluido que se encontra dentro do tubo em U. De posse da pressão diferencial
pode-se calcular a velocidade do fluido que está em movimento através das
Equações de Bernoulli para fluidos incompressíveis, já que a velocidade do
fluido é baixa. É indispensável conhecer também a densidade do fluido que está
em movimento, neste caso, o ar. A fim de se atingir o objetivo do experimento determinar o perfil de velocidade
experimental utilizou-se o seguinte método: Mediu-se a pressão piezométrica pelas diferenças de altura do tubo de PT,
obtida através dos dados coletados com o auxilio de trena de medição. Após o procedimento, foram coletados os demais dados
como, a temperatura local, o diâmetro interno da tubulação e da placa de
orifício, o líquido utilizado no manômetro 01 e 02 e a pressão atmosférica. Na tubulação onde foi instalada a placa de orifício,
através de mangueiras ligou-se um manômetro de coluna em U, determinando assim a queda de
pressão no escoamento do ar que passa pela obstrução gerada pela placa. Com o auxilio de um tubo de Pitot determinou-se a velocidade do escoamento no final do túnel de vento.
Materiais utilizados
Os materiais utilizados para a realizar este
experimento em laboratório foram: uma bancada composta por um conjunto de tubulações, cujo diâmetro é de 52 mm; válvulas; um reservatório de ar;
um manômetro com escala graduada e um ventilador.
TABELA COM DADOS COLETADOS
TUBO DE PITOT
ITEM
|
ALTURA
|
“Δh”
VAZÃO 1
|
“Δh”
VAZÃO2
|
1
|
3,5 cm
|
4
mm
|
4
mm
|
2
|
2,5 cm
|
5
mm
|
3
mm
|
3
|
1,5 cm
|
4
mm
|
3
mm
|
4
|
0 cm
|
3
mm
|
2
mm
|
PLACA DE ORIFÍCIO
Medição
|
“h”
Placa de orifício
|
1
|
3,7
cm
|
2
|
3,0
cm
|
Resultados e Discussões
Perfil de velocidade
do ar no interior da Tubulação para cada vazão:
ɣ1=ρ.g(ar)=1,184x9,81=11,61kg/ms²
ɣ2=ρ.g(água) =1000x9,81=9,810 kg/ms²
Vazão
1
Altura 3,5
V1 = √2x9,81x0,004(9810-1/11,61) = 8,14
m/s
Altura 2,5
V2= √2x9,81x0,005(9810-1/11,61) = 9,10
m/s
Altura 1,5
V3 = √2x9,81x0,004(9810-1/11,61) = 8,14
m/s
Altura 0
V4 = √2x9,81x0,003(9810-1/11,61) = 7,05
m/s
Vazão
2
Altura
3,5
V1= √2x9,81x0,004(9810-1/11,61) = 8,14 m/s
Altura 2,5
V2 =√2x9,81x0,003(9810-1/11,61) = 7,05 m/s
Altura 1,5
V3= √2x9,81x0,003(9810-1/11,61) = 7,05
m/s
Altura 0
V4 =√2x9,81x0,002(9810-1/11,61) = 5,75
m/s
Gráfico da velocidade pela altura
Item
|
Altura
|
Vazão 1 (Q1) ∆h
|
V (m/s)
|
Vazão 2 (Q2) ∆h
|
V
(m/s)
|
1
|
3,5
|
4 mm -0,004m
|
8,14 m/s
|
4 mm- 0,004m
|
8,14 m/s
|
2
|
2,5
|
5 mm- 0,005m
|
9,10 m/s
|
3 mm- 0,003m
|
7,05 m/s
|
3
|
1,5
|
4 mm-0,004m
|
8,14 m/s
|
3
mm-0,003m
|
7,05 m/s
|
4
|
0
|
3 mm- 0,003m
|
7,05
m/s
|
2 mm- 0,002m
|
5,75 m/s
|
Na vazão 1, temos a
velocidade máxima na altura 2,5 com Q1= 0,005m e uma
velocidade de 9,10 m/s. Portanto, esta
de acordo com devidas especificações que: quanto
mais distante da parede do tubo maior a velocidade, pois terá menos atrito.
Na vazão 2, temos velocidade máxima na altura 3,5 com Q2=0,004m e uma velocidade de 8,14 m/s. Esta, não está dentro das especificações, pode ter
ocorrido um erro na hora de tirar as
medidas do tubo de Pitot.
Vazão no interior da tubulação:
Q=ύ x A
r=(D/2) = (5,2/2)cm = 2,6cm = 0,026m
A = π x r² → A= π x 0,026² = 0,002123m
Vazão 1
Altura 3,5
Q1= 8,14 x π x (0,026)²/2 = 0,00864m³/s
Altura 2,5
Q2= 9,10 x π x (0,026)²/2 = 0,00966m³/s
Altura 1,5
Q3= 8,14 x π x (0,026)²/2 = 0,00864m³/s
Altura 0
Q4= 7,05 x π x (0,026)²/2 = 0,00748m³/s
Altura 3,5
Q1= 8,14 x π x (0,026)²/2 = 0,00864m³/s
Altura 2,5
Q2= 9,10 x π x (0,026)²/2 = 0,00966m³/s
Altura 1,5
Q3= 8,14 x π x (0,026)²/2 = 0,00864m³/s
Altura 0
Q4= 7,05 x π x (0,026)²/2 = 0,00748m³/s
Vazão 2
Altura 3,5
Q1=
8,14 x π x (0,026)²/2 = 0,00864m³/s
Altura 2,5
Q2=
7,05 x π x (0,026)²/2 = 0,00748m³/s
Altura 1,5
Q3=
7,05 x π x (0,026)²/2 = 0,00748m³/s
Altura 0
Q4=
5,75 x π x (0,026)²/2 = 0,0610m³/s
Velocidade Máxima
Vazão 1
A velocidade máxima esta situada na altura 2,5 com v= 9,10m/s. Pois, quanto
mais longe do atrito das paredes do tubo maior será a velocidade.
Vazão 2
A velocidade máxima esta situada na altura 3,5 com v= 8,14m/s. Esta deve ter
ocorrido à medição errada no manômetro, pois de acordo com as bibliografias
especificas também deveria estar no meio do tubo (altura 2,5).
Velocidade Média
Para cada vazão: Velocidade máxima na vazão 1 =
0,00966m³/s
Velocidade máxima na vazão 2 = 0,00864m³/s
Área = 0,02123
Vmédia= 8,619 m/sDevido à medição errada no manômetro a velocidade média ira variar também.
Velocidade máxima na vazão 2 = 0,00864m³/s
Área = 0,02123
Vmédia= 8,619 m/sDevido à medição errada no manômetro a velocidade média ira variar também.
A vazão medida pela diferença pressão a Montante e a Jusante à placa;(Placa de Orifício).
*Medição 1
h = 3,7cm = 0,037m
V = √2x9,81x0,037(9810-1/11,61) = 24,76 m/s
Q1= 24,76 x π x (0,026)²/2 = 0,026m³/s
*Medição 2
h = 3,0cm = 0,03m
V = √2x9,81x0,03(9810-1/11,61) = 22,30 m/s
Q2= 23,30 x π x (0,026)²/2 = 0,023m³/s
Há uma diferença nos valores da vazão para o tubo de Pitot e na placa de
orifício, porque o orifício onde
passa o fluido é menor na placa do que no tubo
de Pitot, causando
assim uma pressão maior.
Considerações Finais
Após ter colhido os dados e feito os cálculos
conclui-se que a velocidade no centro do Tubo de Pitot é
maior que nas extremidades. Por consequência,
conforme o “tubinho” vai se aproximando da parede do
tubo a velocidade vai
diminuindo, isso ocorre devido à maior pressão e menor velocidade. E, devido às
medições no manômetro na hora do ensaio existiu um erro em relação aos
resultados obtidos reais. A
velocidade do escoamento é máxima no centro da
tubulação e vai diminuindo até que se anula nas
paredes. Isto se deve ao efeito
de escoamento de fluidos viscosos em tubulações. Os resultados obtidos
apresentaram valores próximos, independendo da vazão. Conclui-se que este método de medição de
vazão pode
ser eficiente desde que se tenha maior precisão na coleta dos dados e seus
cálculos.
VÍDEO COM EXPERIMENTO
(Link do vídeo no youtube: https://www.youtube.com/watch?v=zMeIqFa2mv8)
Referencias
FOX, Robert W.; MCDONALD, Alan T. Introdução à mecânica dos fluidos. 6. ed. Rio de Janeiro, 2006.
Da Silva, Tadeu Hudson. Mecânica dos fluidos e fenômenos de transporte. 4 ed. Minas Gerais, 1996
NICOLAU, Vicente de Paulo; GUTHS, Saulo. Medição de Velocidade de Escoamentos com o Tubo de Pitot. 2001. Disponível em:
.
GUIMARÃES, Kelvin Gama. Inserção do Tubo de Pitot nas aulas de fenômenos de transporte
experimental. 2016. 40 f. TCC (Graduação) - Curso de Engenharia
Química, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2016. Disponível
em:
.
COELHO, Pedro. Viscosidade:
Dinâmica e Cinética. 2015.
Disponível em:
.
GOMES, Maria Helena Rodrigues. Apostila de Mecânica dos Fluídos. Disponível em:
.
OLIVEIRA, Marcos Aurélio Barbosa de. Conceitos de física básica que todo cirurgião
cardiovascular deve saber. Parte I - Mecânica dos fluídos. 2010. Disponível em:
.
ALUNAS: CAROLINA S. HEIDEMANN E NATALIA V. MARTINS
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